Porto do Rio de Janeiro: o objetivo é ampliar os estabelecimentos para que possam receber mais navios e embarcações com maior capacidade e obter ganho de escala (Divulgação/Secretaria dos Portos)
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2012 às 15h38.
São Paulo – Na segunda quinzena de outubro, o governo deve lançar um programa de concessões para que o setor privado invista na construção de portos e melhoria da infraestrutura já existente no setor. Segundo o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, o objetivo é reduzir em cerca de 30% o custo do escoamento dos produtos para baratear as exportações.
De acordo com Figueiredo, estudos indicam que o setor necessita hoje de recursos entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões. Um dos novos terminais será construído na região de Ilhéus, no sul da Bahia, em conexão com o eixo da ferrovia que ligará o oeste baiano ao sul do estado. Está prevista também a construção de um terminal no Rio Amazonas, em Manaus, para atender o Norte do país, informou Figueiredo, durante o encontro Infraestrutura de Transportes, Logística e Mobilidade Urbana no Brasil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Quanto a melhorias nos terminais já existentes, o objetivo é ampliar os estabelecimentos para que possam receber mais navios e embarcações com maior capacidade e obter ganho de escala. Além disso, está prevista a construção de armazéns ao lado do cais, para estocagem de produtos, de modo a evitar o gastos no transporte de áreas que, atualmente, ficam distantes.
“Os novos terminais, sempre que possível, serão construídos com essas caracteristicas, já disponíveis lá fora entre nossos concorrentes. Se vamos disputar o mercado internacional, temos que ter custo parecido com os deles”, ressaltou Bernardo Figueiredo, que defendeu também investimentos em eclusas em sistema das Parcerias Público Privadas (PPPs).
Para ele, o Brasil tem ainda um desafio a ser vencido: reduzir o tempo entre a decisão de um empreendimento e a execução de fato, que hoje chega a demorar até dois anos. Além de procurar diminuir esse prazo, o presidente da EPL disse que a política do setor busca a maior transparência possível nos projetos do setor que estão em andamento no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).