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Governo editará MP para repatriação de dinheiro do exterior

Projeto de lei estipula a cobrança de 17,5% de Imposto de Renda e mais 17,5% de multa pelo envio irregular dos recursos para outro país

“O governo entendeu que o que daria mais dinâmica no projeto de repatriação seria [a edição de] uma medida provisória", disse Delcídio Amaral (Antonio Cruz/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2015 às 20h30.

Brasília - O governo editará uma medida provisória tratando da repatriação de dinheiro enviado ilegalmente por brasileiros ao exterior.

Atualmente, um projeto de lei está em urgência no plenário do Senado, estipulando a cobrança de 17,5% de Imposto de Renda e mais 17,5% de multa pelo envio irregular dos recursos para outro país.

No entanto, sem acordo com a Câmara dos Deputados sobre a matéria, há o receio dos senadores de que o texto seja engavetado na Câmara depois de ser aprovado no Senado .

“O governo entendeu que daria mais dinâmica, seria mais ágil, no projeto de repatriação seria [a edição de] uma medida provisória (MP). Uma vez que uma MP editada começa a valer [imediatamente] e, em razão de algumas questões de caráter jurídico, nós entendemos que a melhor solução seria essa”, disse, em plenário, o líder do governo, senador Delcídio Amaral (PT-MS).

Segundo ele, o governo pretende manter na MP o texto discutido pelos senadores. Delcídio é o relator do projeto no Senado, apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

A preocupação deles, agora, é que o texto da MP não seja desfigurado ao ser discutido pelos deputados, que terão a palavra final, porque ele iniciará a tramitação pela Câmara.

Segundo Delcídio, além da Medida Provisória, o governo deverá enviar um projeto de lei tratando da questão criminal.

A preocupação é tratar tanto dos crimes sonegação de impostos e evasão de divisas, quanto excluir da regularização o dinheiro que possa ser proveniente de atividades criminosas.

“Se isso não for muito bem trabalhado, muito bem costurado, você frustra um projeto que é extremamente relevante por causa da área criminal”, afirmou.

Para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o mais importante é que a matéria comece a ter eficácia o quanto antes, porque a repatriação do dinheiro de brasileiros no exterior poderá ajudar a resolver o problema do déficit fiscal previsto para o próximo ano.

“Nós vamos aguardar que o governo defina o que vai fazer com a repatriação. Se ele quer agilizar, pode mandar um projeto de lei com urgência ou pode editar uma medida provisória. O fundamental é que tenha eficácia imediata, isso vai ajudar o país”, disse Renan.

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Brasília - O governo editará uma medida provisória tratando da repatriação de dinheiro enviado ilegalmente por brasileiros ao exterior.

Atualmente, um projeto de lei está em urgência no plenário do Senado, estipulando a cobrança de 17,5% de Imposto de Renda e mais 17,5% de multa pelo envio irregular dos recursos para outro país.

No entanto, sem acordo com a Câmara dos Deputados sobre a matéria, há o receio dos senadores de que o texto seja engavetado na Câmara depois de ser aprovado no Senado .

“O governo entendeu que daria mais dinâmica, seria mais ágil, no projeto de repatriação seria [a edição de] uma medida provisória (MP). Uma vez que uma MP editada começa a valer [imediatamente] e, em razão de algumas questões de caráter jurídico, nós entendemos que a melhor solução seria essa”, disse, em plenário, o líder do governo, senador Delcídio Amaral (PT-MS).

Segundo ele, o governo pretende manter na MP o texto discutido pelos senadores. Delcídio é o relator do projeto no Senado, apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

A preocupação deles, agora, é que o texto da MP não seja desfigurado ao ser discutido pelos deputados, que terão a palavra final, porque ele iniciará a tramitação pela Câmara.

Segundo Delcídio, além da Medida Provisória, o governo deverá enviar um projeto de lei tratando da questão criminal.

A preocupação é tratar tanto dos crimes sonegação de impostos e evasão de divisas, quanto excluir da regularização o dinheiro que possa ser proveniente de atividades criminosas.

“Se isso não for muito bem trabalhado, muito bem costurado, você frustra um projeto que é extremamente relevante por causa da área criminal”, afirmou.

Para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o mais importante é que a matéria comece a ter eficácia o quanto antes, porque a repatriação do dinheiro de brasileiros no exterior poderá ajudar a resolver o problema do déficit fiscal previsto para o próximo ano.

“Nós vamos aguardar que o governo defina o que vai fazer com a repatriação. Se ele quer agilizar, pode mandar um projeto de lei com urgência ou pode editar uma medida provisória. O fundamental é que tenha eficácia imediata, isso vai ajudar o país”, disse Renan.

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