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Governo do RS decreta estado de calamidade financeira

O decreto foi publicado um dia depois do anúncio de um pacote de medidas para conter a crise fiscal que assola o estado

José Ivo Sartori, governador do Rio Grande do Sul: estado quer economizar R$ 146,9 mi com plano (Luiz Chaves / Facebook //Reprodução)

José Ivo Sartori, governador do Rio Grande do Sul: estado quer economizar R$ 146,9 mi com plano (Luiz Chaves / Facebook //Reprodução)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 22 de novembro de 2016 às 10h43.

Última atualização em 22 de novembro de 2016 às 15h57.

São Paulo - O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB),  decretou estado calamidade financeira na administração pública estadual. O decreto foi publicado na edição desta terça-feira (22) do Diário Oficial do estado. A decisão acontece um dia depois do anúncio de um pacote de medidas para conter a crise fiscal que assola o estado.

De acordo com o texto publicado hoje, secretários e dirigentes de órgãos e entidades da administração pública estadual, sob coordenação da Secretaria da Casa Civil, podem adotar medidas "excepcionais necessárias à racionalização de todos os serviços públicos", com exceção dos serviços considerados essenciais.

No decreto, o governo justifica a medida com os efeitos da crise econômica na capacidade de financiamento público, a queda na arrecadação, o aumento dos gastos com pessoal e a necessidade de manter a prestação dos serviços essenciais.

O Rio Grande do Sul é o segundo estado a decretar estado de calamidade financeira. O Rio de Janeiro tomou medida semelhante em junho deste ano.

Veja o decreto na íntegra:

Reprodução do decreto de calamidade financeira no Rio Grande do Sul

Reprodução do decreto de calamidade financeira no Rio Grande do Sul (Diário Oficial do Rio Grande do Sul/Reprodução)

Pacote de medidas

Ontem, Sartori apresentou um pacote de medidas que prevê  a extinção de nove fundações, uma companhia e uma autarquia estaduais, e a diminuição das secretarias, de 20 para 16.  A estimativa de demissão é de 1.100 a 1.200 funcionários. Se aprovado, o plano pode gerar uma economia de R$ 146,9 milhões aos cofres gaúchos, segundo previsão do governo.

“Trago medidas duras, mas que desenham um novo Estado e novo futuro com mais qualidade de vida apoiado no empreendedorismo, na sustentabilidade e na justiça social. Um Estado mais moderno que sirva às pessoas e promova o desenvolvimento”, afirmou Sartori em sua apresentação.

O pacote será encaminhado à Assembleia Legislativa do RS para ser votado.
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