DF: serão feitas cerca de 100 mil aplicações (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Agência O Globo
Publicado em 21 de abril de 2020 às 17h07.
BRASÍLIA - O governo do Distrito Federal começou, nesta terça-feira, uma operação de testes rápidos para detecção do novo coronavírus. Com foco inicial em áreas de maior incidência da Covid-19, serão feitas cerca de 100 mil aplicações em um esquema "drive-thru", pelo qual as pessoas são testadas dentro de seus carros em estacionamentos.
O objetivo do governo é aplicar o teste em quem está com sintomas da doença há pelo menos sete dias e em assintomáticos que moram com pessoas do grupo de risco. Por isso, ao entrar na fila para testagem, é feita uma triagem antes do procedimento, com medição de temperatura e questionário com perguntas.
Inicialmente, foram montados cinco postos no Plano Piloto, Águas Claras e Lago Sul, regiões que registram mais casos de contaminados. Depois da triagem, os casos que avançam para o teste fazem sem descer do carro, com a coleta de uma gota de sangue. Em outra fila, também de automóveis, o resultado é liberado em meia hora.
O casal Cristiana Sayuri, de 44 anos, e Alexandre Fuscaldi, de 51, resolveu fazer os testes em um posto no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, depois de alguns dias com coriza e tosse. O filho Henrique, de 3, acompanhou os pais. Eles estão em quarentena há cerca de um mês.
- Vimos a notícia sobre a testagem e, como estamos com sintomas, resolvemos vir. Quero ficar seguro porque tenho pais idosos e, eventualmente, preciso dar uma assistência a eles. Mesmo com todos os cuidados, ficamos preocupados. Nos últimos dias, meu irmão tem feito isso, porque tive esses sintomas - relata Fuscaldi.
O teste do casal deu negativo. Até 11h30 desta terça, não houve casos positivos testados no Mané Garrincha. Funcionários foram orientados a encaminhar casos de pessoas com dificuldade de respirar para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Até o mesmo horário, um caso desse tipo foi registrado.
O morador de rua Adailton Maia Santos, de 57 anos, viu o movimento e foi ao posto para se informar. Cadeirante, ele disse que tem acompanhado o avanço do coronavírus.