Brasil

Governo de Minas anuncia R$ 26 mi para combate à febre amarela

A verba será destinada às unidades de saúde de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni que atendem a 152 municípios

Febre amarela: mais cedo, Pimentel decretou situação de emergência em saúde pública (Thinkstock/Thinkstock)

Febre amarela: mais cedo, Pimentel decretou situação de emergência em saúde pública (Thinkstock/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 13 de janeiro de 2017 às 21h45.

Última atualização em 18 de janeiro de 2017 às 16h30.

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, anunciou hoje (13) repasse de R$26 milhões para ações de enfrentamento à febre amarela no estado.

A verba será destinada às unidades regionais de saúde de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni que, juntas, atendem a 152 municípios.

O repasse foi assinado pelo governador em seminário que reuniu 37 prefeitos em Teófilo Otoni. Mais cedo, Pimentel decretou situação de emergência em saúde pública na área de abrangência das unidades regionais beneficiadas com os recursos.

A região é a mais afetada pelas ocorrências de febre amarela no estado.

A situação de emergência autoriza a adoção de medidas administrativas para conter a doença e agiliza processos para a aquisição pública de insumos e materiais e a contratação de serviços necessários, dispensando licitação em alguns casos.

Também fica permitida a contratação de funcionários temporários para ações exclusivas de combate à febre amarela.

Conforme boletim epidemiológico divulgado hoje pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais, já são 133 casos suspeitos no estado, dos quais 20 são considerados prováveis pois já há exames laboratoriais positivos.

A confirmação definitiva, no entanto, só é feita após investigação de outros fatores.

Os dados também apontam que há 38 óbitos suspeitos por febre amarela, dez deles considerados prováveis. As mortes ocorreram nos municípios de Ladainha, Ubaporanga, Ipanema, Itambacuri, Malacacheta e Piedade de Caratinga.

A recomendação para a população do estado é manter em dia a vacinação contra febre amarela, disponibilizada gratuitamente nos postos de saúde.

Belo Horizonte

A capital do estado, Belo Horizonte, não tem nenhum caso suspeito de febre amarela até agora, mas está recebendo pacientes do interior, que estão internados no Hospital Eduardo de Menezes, vinculado à Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e conveniado com o Sistema Único de Saúde (SUS).

A prefeitura de BH reforçou o combate ao mosquito Aedes Aegypti - transmissor da doença em áreas urbanas - no entorno do hospital para evitar que os pacientes sejam picados e o vírus se espalhe.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que toda a área passou por uma vistoria.

"Também foi realizada uma ação de pente fino em toda área adjacente, por um raio de 200 metros, principalmente na área de vila de extensão do córrego Bonsucesso."

Amanhã (14), a secretaria fará uma aplicação de inseticida, popularmente conhecido como "fumacê". Também estão sendo instaladas ovitrampas, uma armadilha com odor que atrai a fêmea do mosquito e possibilita avaliar a concentração de ovos do Aedes aegypti.

Na segunda-feira (17), serão instaladas telas com inseticida nas alas do hospital que recebem os pacientes com suspeita da febre amarela.

Transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya, o Aedes aegypti é o vetor da febre amarela em áreas urbanas. Desde 1942, o Brasil não tem registro de transmissão da doença nas cidades.

No meio rural e silvestre, a febre amarela é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Todos os casos suspeitos em Minas Gerais, até o momento, são considerados de transmissão silvestre.

Acompanhe tudo sobre:DoençasFebre amarelaMinas GeraisSaúde

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP