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Governo aumenta IOF sobre crédito ao consumidor

Ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que IOF passará a ser de 3%; medida visa um combate "mais firme" à inflação

Mantega anunciou IOF de 3% por tempo indeterminado diminuir ritmo de crescimento do crédito (Wikimedia Commons)

Mantega anunciou IOF de 3% por tempo indeterminado diminuir ritmo de crescimento do crédito (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2011 às 09h34.

São Paulo - O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou na noite desta quinta-feira (7) um aumento de 1,5% no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide sobre o crédito à pessoa física. Com isto, a taxa sobre operações como compras a prazo, que atualmente é de 1,5%, passa a ser de 3%. A medida passa a valer a partir desta sexta-feira (8).

Segundo Mantega, o ajuste é um sinal de que o "governo toma medidas firmes para impedir que a inflação saia do controle. Queremos ajudar a fazer com que a inflação decline. Esperamos que ela fique acima da meta este ano, mas, abaixo do observado no ano passado."

Na prática, a medida tem como objetivo colocar um freio mais rigoroso sobre o consumo, uma vez que as prestações em compras a prazo ficarão mais caras. Todas as operações de empréstimos e financiamentos com prazo superior a 365 dias serão afetadas. Segundo o ministro, a medida será adotada por tempo indeterminado. A estimativa é que a inflação volte a cair dentro de dois ou três meses.

Equilíbrio

Mantega afirma ainda que o aumento do IOF foca o crédito, mas não atinge o investidor. "Estamos moderando o consumo, mas continuamos incentivando o investimento, de forma a haver equilíbrio entre produção e demanda", disse.

De acordo com o ministro, a decisão de elevar o imposto foi tomada para conter o ritmo de crescimento do crédito, que atualmente é de cerca de 20%. "Um nível bom de crescimento do crédito para o consumo está entre 12% e 15%, necessário para manter a economia rodando." 

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