Governadores têm interesse em receitas da CPMF, diz Delcídio
O líder do governo no Senado disse que os governadores de estados também demonstraram interesse na recriação de um novo tributo nos moldes da CPMF
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2015 às 23h51.
O líder do governo no Senado , Delcídio Amaral (PT-MS), disse hoje (15) que, num "momento difícil", os governadores de estados também demonstraram interesse na recriação de um novo tributo nos moldes da CPMF .
Segundo Delcídio, o governo está em diálogo com os governadores para que participem das receitas de uma eventual recriação do tributo, uma das medidas anunciadas na segunda-feira (14) pelo governo e que, ao lado da criação de outras receitas e de corte de gastos, visam a equilibrar o Orçamento de 2016.
“Em relação à CPMF, está muito clara a posição do governo: é 0,20%. Mas tem também esse diálogo que ela [Dilma] está mantendo com os governadores de eventualmente eles participarem das receitas da CPMF. E eu acho que é uma receita adicional muito bem-vinda nos governos estaduais, que estão em um momento difícil”, disse o líder.
Segundo Delcídio, durante o debate não se tratou de fixar um percentual para gerar dividendos para os estados, mas que “em tese” se poderia voltar à alíquota de 2007, quando o imposto foi extinto no Congresso e que era de 0,38%.
“Esse 0,18% seria dividido entre os governos, mas ninguém falou em alíquota definitiva nem nada; falou-se que se poderia evoluir para atender os governos estaduais”, disse Amaral.
A intenção de recriar o imposto, que seria utilizado para cobrir despesas com a Previdência Social, e de dividir a alíquota com os governos estaduais foi criticada pela oposição. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse que o governo estava tentando usar os governadores para pressionar o Congresso Nacional para aprovar a alíquota, classificando o possível acordo com os governadores como covarde:
“Já que achava que deveria aprovar uma recriação do imposto com uma contribuição de 0,38% que mandasse essa proposta ao Congresso. Não! Ela [Dilma] manda uma proposta pela metade e diz aos governadores: vão lá e convençam as suas bases”, protestou Aécio.
Neves disse ainda que o governo age de maneira “errática”, ao sinalizar um aumento na alíquota, menos de 48 horas depois de anunciar o conjunto de propostas. “Essa forma errática do governo é que gera, a meu ver, uma desconfiança cada dia maior”, criticou o senador mineiro. “O que vai acontecer é que essas propostas, principalmente a de recriação de impostos, serão derrotadas no Congresso Nacional”, completou.
O líder do governo reconheceu que o Planalto tem noção das dificuldades para aprovar as medidas e que vai ser preciso muito diálogo. “Vamos trabalhar duro para efetivamente conseguir aprová-las”, disse. Delcídio disse que o governo deve enviar a proposta na próxima semana. De acordo com o governo, a ideia é que o novo imposto tenha vigência de quatro anos.
O petista acrescentou ainda ter “experiência” de CPMF: “Participei, em 2007, quando a CPMF caiu no Senado; precisa muito diálogo, muita conversa, muita capacidade de convencimento. Mas todos nós temos ciência disso. Se falássemos que seria fácil, não estaríamos falando a verdade. Temos noção nítida das dificuldades que vamos enfrentar”.
Ele negou ainda que, em razão das críticas, os governo esteja pensando em substituir o tributo por outra fonte de receita. Ao apresentar a proposta de nova CPMF, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, estimou uma arrecadação de R$ 32 bilhões, em 2016.
Delcídio reconheceu que a CPMF afeta toda a cadeia produtiva, mas avaliou ser difícil substituir o tributo por outra proposta que cubra o “buraco da Previdência”, devido ao fato do tributo ser fácil de arrecadar e “que os bancos têm condição de rapidamente fazer, pois têm experiência”.
O líder do governo no Senado , Delcídio Amaral (PT-MS), disse hoje (15) que, num "momento difícil", os governadores de estados também demonstraram interesse na recriação de um novo tributo nos moldes da CPMF .
Segundo Delcídio, o governo está em diálogo com os governadores para que participem das receitas de uma eventual recriação do tributo, uma das medidas anunciadas na segunda-feira (14) pelo governo e que, ao lado da criação de outras receitas e de corte de gastos, visam a equilibrar o Orçamento de 2016.
“Em relação à CPMF, está muito clara a posição do governo: é 0,20%. Mas tem também esse diálogo que ela [Dilma] está mantendo com os governadores de eventualmente eles participarem das receitas da CPMF. E eu acho que é uma receita adicional muito bem-vinda nos governos estaduais, que estão em um momento difícil”, disse o líder.
Segundo Delcídio, durante o debate não se tratou de fixar um percentual para gerar dividendos para os estados, mas que “em tese” se poderia voltar à alíquota de 2007, quando o imposto foi extinto no Congresso e que era de 0,38%.
“Esse 0,18% seria dividido entre os governos, mas ninguém falou em alíquota definitiva nem nada; falou-se que se poderia evoluir para atender os governos estaduais”, disse Amaral.
A intenção de recriar o imposto, que seria utilizado para cobrir despesas com a Previdência Social, e de dividir a alíquota com os governos estaduais foi criticada pela oposição. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse que o governo estava tentando usar os governadores para pressionar o Congresso Nacional para aprovar a alíquota, classificando o possível acordo com os governadores como covarde:
“Já que achava que deveria aprovar uma recriação do imposto com uma contribuição de 0,38% que mandasse essa proposta ao Congresso. Não! Ela [Dilma] manda uma proposta pela metade e diz aos governadores: vão lá e convençam as suas bases”, protestou Aécio.
Neves disse ainda que o governo age de maneira “errática”, ao sinalizar um aumento na alíquota, menos de 48 horas depois de anunciar o conjunto de propostas. “Essa forma errática do governo é que gera, a meu ver, uma desconfiança cada dia maior”, criticou o senador mineiro. “O que vai acontecer é que essas propostas, principalmente a de recriação de impostos, serão derrotadas no Congresso Nacional”, completou.
O líder do governo reconheceu que o Planalto tem noção das dificuldades para aprovar as medidas e que vai ser preciso muito diálogo. “Vamos trabalhar duro para efetivamente conseguir aprová-las”, disse. Delcídio disse que o governo deve enviar a proposta na próxima semana. De acordo com o governo, a ideia é que o novo imposto tenha vigência de quatro anos.
O petista acrescentou ainda ter “experiência” de CPMF: “Participei, em 2007, quando a CPMF caiu no Senado; precisa muito diálogo, muita conversa, muita capacidade de convencimento. Mas todos nós temos ciência disso. Se falássemos que seria fácil, não estaríamos falando a verdade. Temos noção nítida das dificuldades que vamos enfrentar”.
Ele negou ainda que, em razão das críticas, os governo esteja pensando em substituir o tributo por outra fonte de receita. Ao apresentar a proposta de nova CPMF, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, estimou uma arrecadação de R$ 32 bilhões, em 2016.
Delcídio reconheceu que a CPMF afeta toda a cadeia produtiva, mas avaliou ser difícil substituir o tributo por outra proposta que cubra o “buraco da Previdência”, devido ao fato do tributo ser fácil de arrecadar e “que os bancos têm condição de rapidamente fazer, pois têm experiência”.