Gleisi Hoffman: a consequência pode ser para nós, que a polícia venha aqui dar paulada na gente" (Paulo Whitaker/Reuters)
Maurício Grego
Publicado em 7 de abril de 2018 às 18h20.
Última atualização em 7 de abril de 2018 às 18h30.
A senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, subiu às 17h50 deste sábado, 7, no carro de som e se dirigiu à militância que não arreda pé da porta do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, e não deixa o ex-presidente Luiz Inácio Lulada Silva sair para se entregar à Polícia Federal.
"A Polícia Federal deu meia hora pra gente resolver essa situação", afirmou Gleisi. Se o ex-presidente não se entregar em trinta minutos, ele corre o risco de ter uma nova prisão preventiva decretada pelo juiz Sérgio Moro. Nesse caso, as condições para a defesa para Lula ficariam mais difíceis perante a Justiça daqui em diante.
"Não vim aqui pra induzir nenhuma decisão, vocês estão aqui de livre e espontânea vontade tentando proteger o presidente Lula. Tenho que dividir um problema. Vocês estão na mais absoluta liberdade, mas preciso conversar com vocês. A consequência pode ser para nós, que a polícia venha aqui dar paulada na gente", alertou.
A senadora ainda disse que " fato é que a consequência para Lula do ponto de vista jurídico, é alta".