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Gerente da BRF preso em São Paulo é transferido para Curitiba

O gerente teve prisão preventiva decretada na última sexta-feira e é acusado de influenciar fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

BRF: o gerente foi preso no último sábado após desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos (Paulo Whitaker/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 22 de março de 2017 às 12h00.

O gerente de Relações Internacionais e Governamentais da Brasil Foods ( BRF ), Roney Nogueira dos Santos, foi transferido na manhã de ontem (21) da superintendência da Polícia Federal, na capital paulista, para a sede da Polícia Federal, em Curitiba. Ele foi preso no último sábado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, após desembarcar vindo do exterior.

Segundo a Polícia Federal em São Paulo, ele ficou detido no aeroporto e foi levado à superintendência na capital no fim da tarde de segunda-feira.

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"O executivo da empresa está preso para prestar esclarecimentos à Polícia Federal. Ele está sendo assistido por advogados da empresa e sua família também está recebendo todo o suporte e acompanhamento necessários", disse a BRF, em nota.

O gerente teve sua prisão preventiva decretada na última sexta-feira (17) no âmbito da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Ele é acusado de influenciar fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Benesses

"Roney Nogueira remunera diretamente fiscais contratados, presenteia com produtos da empresa, se dispõe a auxiliar no financiamento de campanha política e até é chamado a intervir em seleção de atleta em escolinha de futebol. Com tantas benesses, há notícia de que ele possui login e senha para acessar diretamente o sistema de processos administrativos do MAPA (Ministério da Agricultura), obviamente de uso restrito ao público interno", disse o juiz federal Marcos Josegrei da Silva, na operação que determinou a prisão do gerente.

Segundo a Polícia Federal, os frigoríficos envolvidos na Operação Carne Fraca maquiavam carnes vencidas e as reembalavam para conseguir vendê-las. As empresas também subornavam fiscais do governo para que autorizassem a comercialização do produto sem a devida fiscalização.

 

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