Cotado para vice de Lula em 2022, Alckmin deixa o PSDB após 33 anos
Cotado para uma possível chapa com Lula em 2022, ex-governador de São Paulo já recebeu convites para se filiar no PSB, PSD e Solidariedade
Da redação, com agências
Publicado em 15 de dezembro de 2021 às 15h34.
Última atualização em 15 de dezembro de 2021 às 15h59.
O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin , anunciou nesta quarta-feira, 15, sua desfiliação do PSDB, partido no qual esteve por 33 anos. Pelas redes sociais, o agora ex-tucano disse que anunciará em breve seus próximos passos.
A saída do tradicional político do PSDB já era esperada. Alckmin viu-se isolado no partido após romper com o governador de São Paulo João Doria, candidato do PSDB para 2022 após prévias internas.
"É um novo tempo! É tempo de mudança! Nesses mais de 33 anos e meio de trajetória no PSDB procurei dar o melhor de mim. Um soldado sempre pronto para combater o bom combate com entusiasmo e lealdade. Agora, chegou a hora da despedida. Hora de traçar um novo caminho", escreveu o ex-governador, que completou: Valeu cada obstáculo vencido, cada momento vivido, cada conquista feita. Em breve, anunciarei meus próximos passos", escreveu em sua conta do Twitter.
Cotado para uma possível chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2022, Alckmin já recebeu convites para se filiar no PSB, PSD e no Solidariedade.
Uma chapa de Alckmin e Lula é vista como difícil, mas não impossível pela cúpula do PT. Os dois se encontraram duas vezes nos últimos meses e abriram um canal de diálogo. Em conversas internas, Lula ressalta que Alckmin tem compromisso com a democracia e que todos conhecem a sua forma de pensar e agir, dado o seu longo histórico na política.
Segundo a última pesquisa EXAME/IDEIA, a possível união entre o petista e Alckmin é avaliada como negativa para 48% da população. Já 35% avaliam positivamente uma candidatura com o petista e o ex-governador de São Paulo.