Ex-governador Anthony Garotinho é preso no Rio de Janeiro
A prisão do ex-governador do Rio de Janeiro foi determinada pelo Ministério Público Eleitoral
Marcelo Ribeiro
Publicado em 16 de novembro de 2016 às 11h11.
Última atualização em 12 de maio de 2017 às 16h53.
Brasília - O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR-RJ), que atualmente ésecretário de governo de Campos dos Goytacazes,foi preso nesta quarta-feira (16) pela Polícia Federal (PF) por suspeita de compra de votos. A prisão foi determinada pelo Ministério Público Eleitoral e o mandado de prisão preventiva foi expedido pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira.
A operação foi feita por agentes da PF de Campos de Goytacazes, interior do estado do Rio. O ex-governador foi detido no Flamengo, zona sul da capital fluminense.
A ação faz parte de uma nova fase da Operação Chequinho, que combate crimes eleitorais em Campos dos Goytacazes, como o uso eleitoral do programa "Cheque Cidadão" e a suposta compra de votos na eleição de 2 de outubro deste ano.
Segundo a superintendência da Polícia Federal do município, Garotinho será levado para a sede da corporação no Rio de Janeiro. A previsão é que o ex-governador siga para Campos de Goytacazes ainda nesta quarta-feira.
Recentemente, Fernando Fernandes, advogado de Garotinho, demandou judicialmente um habeas corpus com pedido de liminar para garantir que o Juízo da 100ª Zona Eleitoral não decretasse qualquer prisão provisória contra o ex-governador.
Ao saber da prisão do pai, a deputada federalClarissa Garotinho (PR-RJ)deixou às pressas a reunião sobre a crise orçamentária do Rio de Janeiro.
Além da prisão, havia um outro mandato judicial em desfavor de Garotinho: um de busca e apreensão em um imóvel no bairro do Flamengo.
Responsável pela defesa de Garotinho, Fernandes afirmou, por meio de nota, que o decreto de prisão ocorrido em razão de decisão da 100ª Vara Eleitoral de Campos vem na sequência de uma série de prisões ilegais decretadas por aquele juízo e suspensas por decisões liminares do Superior Tribunal Eleitoral.
“A prisão a qual está submetido o ex-governador é abusiva e ilegal e decorre de sua constante denúncia de abusos de maus tratos a pessoas presas ilegalmente naquela comarca. Estas denúncias de abuso foram dirigidas à Corregedoria da Polícia Federal e ao juiz, que nenhuma providência tomou. Pessoas presas mudaram vários depoimentos após ameaças do delegado. No entanto, o TSE já deferiu quatro liminares por prisões ilegais. A Justiça certamente não permitirá que este ato de exceção se mantenha contra Garotinho”.
Ao final do comunicado, a defesa informou que irá ingressar com pedido de Habeas Corpus ainda nesta quarta-feira.