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Gabrielli está sendo perseguido, diz Rui Falcão

O presidente do PT disse que José Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, "está sendo injustamente perseguido"


	O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2015 às 22h56.

São Paulo - O presidente do PT, Rui Falcão, abriu seu discurso em plenária realizada em São Paulo pedindo uma aclamação ao ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli - que também está no palco.

"Gabrielli colocou a Petrobras entre as maiores empresas do mundo e agora está sendo injustamente perseguido", disse Falcão. Gabrielli foi convocado, duas semanas atrás, para depor na CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados e chegou a ser ofendido por parlamentares.

Falcão repetiu discurso feito na apresentação de um manifesto do partido nesta segunda-feira, 30. Disse que o PT, a esquerda e movimentos sociais estão sendo injustiçados por parcelas da população que "não aceitam" o projeto de desenvolvimento que tirou milhões da miséria. Disse que a sociedade tem de estar atenta ao avanço de forças da direita conservadora.

"Devemos nos unir contra essa ameaça", bradou.

Ele repetiu ainda a argumentação de que o PT é "criminalizado" em meio às denúncias de corrupção na Petrobras, pois para outros partidos o dinheiro é visto como doação e para o PT como propina.

Falcão reforçou também a defesa da reforma política, tributária e da mídia. E falou dos projetos que regulamentam direito de resposta, que promovem mudanças no fator previdenciário e reafirmou que o PT luta pelo fim do financiamento empresarial de campanhas. Sobre o direito de resposta disse ser uma solução importante enquanto a mídia não for democratizada.

Além de Falcão e Gabrielli, estão no palco para a manifestação em defesa da Petrobras, da democracia e de direitos trabalhistas, o ex-presidente Lula, o presidente do PCdo B, Renato Rabello, o presidente estadual do PT em São Paulo, Emídio de Souza, o secretário municipal de Direitos Humanos e ex-senador, Eduardo Suplicy, entre outras lideranças partidárias e sindicais.

As falas que precederam a de Rui Falcão incluíram manifestações de sindicalistas contra o "monopólio da mídia", com críticas mais duras contra a Rede Globo - que foi lembrada pela manipulação do debate entre Lula e Fernando Collor em 1989 e pela cobertura considerada omissa do movimento das Diretas Já. Jornais Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo também foram citados entre os veículos "conservadores".

As manifestações, aplaudidas e recheadas de gritos de guerra, também exaltaram a luta contra a "direita fascista" que avança no País, segundo os manifestantes. Houve falas pela reforma política e pela maior participação das mulheres no poder, inclusive com gritos de "No meu País eu boto fé, porque ele é governado por mulher", em apoio ao governo Dilma.

Em paralelo aos discursos de apoio à presidente, contudo, houve diversas manifestações pela manutenção de direitos trabalhistas e críticas às medidas de ajuste fiscal que propõem reduzir benefícios trabalhistas e previdenciários.

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