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Funcionários dos Correios voltam ao trabalho após greve

O Tribunal Superior de Trabalho fixou em 6,5% o reajuste dos salários depois de oito dias de paralisação

Greve dos Correios: após uma greve à qual se somaram 11.825 empregados, 90% dos 120 mil funcionários trabalhava normalmente nesta sexta-feira (Antônio Cruz/ABr)
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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2012 às 13h39.

Rio de Janeiro - Os funcionários da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) do Brasil retornaram nesta sexta-feira ao trabalho após uma greve de oito dias na qual reivindicaram melhoras salariais e depois que o Tribunal Superior de Trabalho (TST) fixou em 6,5% o reajuste de seus salários.

O fim da paralisação foi ordenado pelo TST, que, faltando acordo entre a estatal e seus funcionários, determinou na quinta-feira o reajuste salarial que a empresa terá que aplicar retroativo a agosto passado.

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Na mesma percentagem (6,5%) serão reajustados todos os benefícios oferecidos pelos Correios a seus funcionários, como salário mínimo e subsídios para transporte e alimentação, segundo a decisão dos juízes.

O aumento salarial determinado pela justiça permitirá um reajuste real dos salários dos carteiros já que a inflação acumulou nos últimos 12 meses até agosto alta de 5,2%, que era o percentual de reajuste proposto pela empresa.

Os sindicatos representados pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), no entanto, pediam aumento de 43,7%.

Segundo um comunicado divulgado pela ECT, após uma greve à qual se somaram 11.825 empregados, 90% dos 120 mil funcionários trabalhava normalmente nesta sexta-feira.


O tribunal também determinou que os funcionários compensem com horas extras o tempo que deixaram de trabalhar.

Em caso de os grevistas não aceitarem trabalhar este final de semana para normalizar a entrega das correspondências, a empresa terá direito de descontar em seus salários os dias que não compareceram ao trabalho.

A empresa calcula que uma força-tarefa no sábado e no domingo garantirá a normalização das entregas, já que, apesar da greve, conseguiu entregar 89,8% das 191,3 milhões de cartas e encomendas recebidas nos dias da paralisação.

Os funcionários também reivindicavam um bônus mensal de cerca de R$ 200 que não foi concedido e a contratação imediata de 30 mil novos trabalhadores que supostamente fazem falta à empresa para cumprir com suas funções.

Segundo a empresa, as reivindicações dos sindicatos, no caso de serem atendidas, teriam um custo apenas este ano de R$ 25 bilhões, acima da receita prevista pela empresa em 2012 de R$ 15 bilhões.

Os funcionários dos Correios retornaram ao trabalho um dia depois que os dos bancos privados e estatais igualmente suspenderam uma greve de nove dias, após receber um reajuste salarial de 7,5%.

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