Fórum Mundial da Água vai envolver governos locais
"No âmbito da água e do saneamento, a força política importante são os municípios, porque em todo o mundo esse é um problema local” disse presidente do Conselho
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2016 às 16h09.
O Fórum Mundial da Água , programado para março de 2018 em Brasília, quer envolver governos locais e parlamentares na busca de soluções de problemas envolvendo recursos hídricos.
De acordo com o presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, apesar de não ter declarações vinculantes, o fórum produz resultados práticos importantes, que influenciam diretamente os municípios, além de ter a participação de parlamentares, responsáveis por estabelecer leis de regulação e aprovar os orçamentos para os diferentes setores.
“Estamos trabalhando com os governos locais. No âmbito da água e do saneamento, a força política importante são os municípios, porque em todo o mundo esse é um problema local”, disse, durante o evento de lançamento do fórum, hoje (27), na capital federal.
Braga explica que a questão do financiamento também será um ponto importante de discussão. “Como achar soluções de financiamento que sejam benéficas para quem recebe e para quem doa. Vamos trabalhar com os bancos a importância do financiamento para esse setor”, afirmou, ao ressaltar que 2,4 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável de fonte confiável.
“As Nações Unidas dizem que são 800 milhões, mas água no cano não significa que está limpa .”
Com o tema Compartilhando Água, a expectativa é reunir cerca de 40 mil pessoas em 2018 e, segundo o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, dar à agenda da água a mesma relevância política de outros temas públicos. “Temos uma imensa expectativa que esse fórum possa produzir um legado robusto para a gestão de recursos hídricos no país.”
Para o diretor-presidente da ANA, os Planos de Bacias Hidrográficas devem ser reconhecidos como instrumentos precisos para a gestão da água. “Mais da metade do nosso território tem planos de recursos hídricos, mas muitas vezes esses planos não têm repercussão direta sobre a aplicação de políticas públicas”, disse, ao explicar que é preciso fortalecer os órgãos gestores locais e regionais para promover a gestão descentralizada da água.
O Fórum Mundial da Água ocorre a cada três anos desde 1997. A 8ª edição será promovida de 18 a 23 de março de 2018, em Brasília. O primeiro evento preparatório para o fórum ocorre de hoje até quarta-feira (29) e reúne cerca de 800 representantes de diversos países para colher informações temáticas que nortearão as discussões do fórum.
Preparativos
Segundo o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, ao longo dos próximos dois anos, serão investidos em torno de R$ 80 milhões, sendo R$ 50 milhões da iniciativa privada e R$ 30 milhões divididos entre o governo federal e o do Distrito Federal.
A verba servirá para a promoção de eventos oficiais do fórum e para incentivar o envolvimento da comunidade. “Só os dividendos políticos, sociais, educativos e econômicos já são superiores aos investimentos financeiros realizados.”
Rollemberg explicou que os recursos hídricos serão tema interdisciplinar permanente nas escolas públicas e particulares do Distrito Federal. “As ações já começaram, tivemos uma primeira oficina com professores, para que Brasília aproveite esta oportunidade de dar um salto qualitativo na conscientização das pessoas pelo compartilhamento e sustentabilidade da água”, disse.
O Fórum Mundial da Água , programado para março de 2018 em Brasília, quer envolver governos locais e parlamentares na busca de soluções de problemas envolvendo recursos hídricos.
De acordo com o presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, apesar de não ter declarações vinculantes, o fórum produz resultados práticos importantes, que influenciam diretamente os municípios, além de ter a participação de parlamentares, responsáveis por estabelecer leis de regulação e aprovar os orçamentos para os diferentes setores.
“Estamos trabalhando com os governos locais. No âmbito da água e do saneamento, a força política importante são os municípios, porque em todo o mundo esse é um problema local”, disse, durante o evento de lançamento do fórum, hoje (27), na capital federal.
Braga explica que a questão do financiamento também será um ponto importante de discussão. “Como achar soluções de financiamento que sejam benéficas para quem recebe e para quem doa. Vamos trabalhar com os bancos a importância do financiamento para esse setor”, afirmou, ao ressaltar que 2,4 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável de fonte confiável.
“As Nações Unidas dizem que são 800 milhões, mas água no cano não significa que está limpa .”
Com o tema Compartilhando Água, a expectativa é reunir cerca de 40 mil pessoas em 2018 e, segundo o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, dar à agenda da água a mesma relevância política de outros temas públicos. “Temos uma imensa expectativa que esse fórum possa produzir um legado robusto para a gestão de recursos hídricos no país.”
Para o diretor-presidente da ANA, os Planos de Bacias Hidrográficas devem ser reconhecidos como instrumentos precisos para a gestão da água. “Mais da metade do nosso território tem planos de recursos hídricos, mas muitas vezes esses planos não têm repercussão direta sobre a aplicação de políticas públicas”, disse, ao explicar que é preciso fortalecer os órgãos gestores locais e regionais para promover a gestão descentralizada da água.
O Fórum Mundial da Água ocorre a cada três anos desde 1997. A 8ª edição será promovida de 18 a 23 de março de 2018, em Brasília. O primeiro evento preparatório para o fórum ocorre de hoje até quarta-feira (29) e reúne cerca de 800 representantes de diversos países para colher informações temáticas que nortearão as discussões do fórum.
Preparativos
Segundo o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, ao longo dos próximos dois anos, serão investidos em torno de R$ 80 milhões, sendo R$ 50 milhões da iniciativa privada e R$ 30 milhões divididos entre o governo federal e o do Distrito Federal.
A verba servirá para a promoção de eventos oficiais do fórum e para incentivar o envolvimento da comunidade. “Só os dividendos políticos, sociais, educativos e econômicos já são superiores aos investimentos financeiros realizados.”
Rollemberg explicou que os recursos hídricos serão tema interdisciplinar permanente nas escolas públicas e particulares do Distrito Federal. “As ações já começaram, tivemos uma primeira oficina com professores, para que Brasília aproveite esta oportunidade de dar um salto qualitativo na conscientização das pessoas pelo compartilhamento e sustentabilidade da água”, disse.