Força-tarefa de agentes faz primeira operação em Alcaçuz
Denominada de Phoenix, a operação tem o intuito de retomar o controle dos pavilhões 4 e 5 do presídio
Agência Brasil
Publicado em 27 de janeiro de 2017 às 11h07.
Última atualização em 27 de janeiro de 2017 às 11h08.
Integrantes da força tarefa de agentes penitenciários e policiais militares do Grupo de Operações Especiais (GOE) realizam desde o início da manhã de hoje (27) uma operação na Penitenciária Estadual de Alcaçuz.
Denominada de Phoenix, a operação tem o intuito de retomar o controle dos pavilhões 4 e 5 do presídio que estão ocupados por presos integrantes de uma facção criminosa. Ainda não há informações sobre o andamento dos trabalhos.
A operação marca o início dos trabalhos da força tarefa federal de agentes penitenciários no estado. A força foi criada pelo Ministério da Justiça em meio à série de rebeliões e mortes ocorridas em prisões brasileiras.
Ontem (25), um grupo de 78 agentes penitenciários chegou ao Rio Grande para auxiliar nos trabalhos de retomada e controle da penitenciária. Os agentes vêm do Rio de Janeiro, do Ceará, de São Paulo e do Distrito Federal e devem permanecer no estado por 30 dias.
Alcaçuz foi palco no dia 14 de janeiro de uma rebelião que resultou em 26 mortes. O motim envolveu membros de facções rivais e, por conta disso, a penitenciária está dividida em duas. Nos pavilhões 1, 2 e 3 estão os integrantes do Sindicato do RN. Já os pavilhões 4 e 5 abrigam integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Os detentos das duas facções presentes em Alcaçuz andam livremente dentro do presídio. Eles estão separados apenas por uma barreira formada por contêineres, enquanto não é construído um muro para separar os grupos.
De acordo com a Sejuc, ainda não há indicativo para o início da construção do muro, mas a previsão é que a obra, formada de blocos modulares, fique pronta 15 dias depois de iniciada.
Também na manhã desta sexta-feira, policiais militares e militares do Exército, Aeronáutica e Marinha fazem ações de patrulhamento nas ruas de Natal com o objetivo de coibir novas ondas de ataques a ônibus ou instituições públicas.
Em uma dessas ações, os policiais encontraram 30 kg de cocaína, maconha e seis armas de calibre restrito a forças de segurança. De acordo com a PM, foram realizadas quatro prisões, em um bairro da periferia de Natal.
A polícia diz que ainda é cedo para avaliar se as pessoas detidas têm algum tipo de ligação com as facções que dominam o presídio de Alcaçuz.
Em razão dos ataques a ônibus, o governador do estado, Robinson Faria, disse que vai solicitar ao governo federal a prorrogação dos trabalhos das Forças Armadas no estado, que têm a atuação prevista para ser encerrada no dia 30. A intenção é que a permanência das tropas seja prorrogada por mais dez dias.