WHATSAPP: aplicativo foi bloqueado novamente, mas depois liberado pelo Supremo / Justin Sullivan/Getty Images
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2016 às 18h48.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h41.
Foi e voltou
O presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, suspendeu na tarde desta terça-feira a decisão da Justiça do Rio que havia bloqueado o funcionamento do aplicativo de mensagens instantâneas Whatsapp em todo o país. O serviço foi interrompido às 14 horas. Lewandowski atendeu ao pedido do partido PPS e considerou a decisão desproporcional. A suspensão do serviço foi determinada pela 2a Vara Criminal de Duque de Caxias devido ao não compartilhamento, por parte do Whatsapp, de informações sobre investigações criminais.
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Terrorismo no Rio?
O grupo extremista Ansar al-Khilafah Brazil, organização brasileira que declarou lealdade ao Estado Islâmico, divulgou uma lista com 17 maneiras de cometer um atentado terrorista durante a Olimpíada do Rio. As sugestões foram publicadas em um grupo do aplicativo Telegram, segundo a especialista em monitoramento de atividade terrorista Rita Katz, do SITE Intelligence Group. A relação inclui tipos de alvo, localizações e métodos de ataque para os chamados “lobos solitários”. De acordo com Katz, a lista menciona atentados em aeroportos e transportes públicos, ataques com facas, envenenamento, ataques visando mulheres e crianças, além de ameaças falsas.
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Temer: 15 dias
O presidente interino Michel Temer pediu na manhã desta terça-feira, em reunião com a equipe econômica, que os ministros apresentem em 15 dias medidas para “buscar ativos” de cada pasta que possam servir para parcerias, concessões ou privatizações. O objetivo é ampliar os recursos do governo sem investir. Ao assumir o governo em maio, Temer havia dado um prazo de 30 dias a seus ministros para apresentar medidas para melhorar a economia. Agora estendeu a data. No encontro, também se iniciou a conversa sobre a questão de vender as dívidas ativas da União no mercado para evitar um potencial corte de gastos neste ano. O contingenciamento será definido até sexta-feira 22.
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Dilma liberada
O juiz Sergio Moro liberou a presidente afastada Dilma Rousseff de testemunhar em uma ação da Lava-Jato. Nesta terça-feira, o magistrado aceitou a petição dos advogados de Marcelo Odebrecht que a haviam convocado como testemunha, mas depois voltou atrás no pedido.
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De ameaçador a ameaçado
Os advogados do operador Lúcio Bolonha Funaro afirmaram ao Supremo que funcionários de uma de suas empresas, a Holding Viscaya, foram alvos de ameaças do ex-sócio Alexandre Margotto. A defesa de Funaro pede a prisão preventiva de Margotto. Segundo Daniel Gerber, seu advogado, o ex-sócio ameaçou incriminar todos os funcionários da Holding Viscaya e “retaliar” Funaro e sua família. Na semana passada, um áudio mostrou Margotto negociando 100.000 reais de dívidas atrasadas para não implicar Funaro em uma delação premiada.
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Fritando Cunha
O novo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta terça-feira ser possível votar a cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha a partir da segunda semana de agosto. Segundo Maia, o assunto é prioritário. Para ele, ainda não é possível precisar a data da sessão sem ter uma noção de como será o quórum da Casa na volta dos trabalhos.
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Explosão de delações
O número de delações premiadas de pessoas físicas na operação Lava-Jato aumentou 37% nos últimos quatro meses. Ao todo, a força-tarefa já fechou 66 acordos com pessoas físicas e empresas. Desse total, cinco são acordos de leniência, fechados com o Grupo Setal, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez — os outros são mantidos em sigilo pelos investigadores.
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Sem passaporte
A Justiça Federal de São Paulo suspendeu o passaporte diplomático de Felipe Dytz da Cunha, filho do deputado Eduardo Cunha. Ele tinha o benefício como dependente do pai, mesmo sendo dono de quatro empresas — o Itamaraty determina que só filhos e enteados que não exerçam atividade remunerada sejam considerados dependentes. A decisão da 7a Vara Federal Cível é liminar.