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Fleury volta a defender ação no Carandiru

Ex-governador voltou a depor sobre o caso no segundo dia de julgamento do Massacre do Carandiru

Plenário do Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, onde vinte e seis policiais militares estão sendo julgados pelo massacre do Carandiru (Marcelo Camargo/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2013 às 21h50.

São Paulo - Terminou por volta das 20h o vídeo da segunda testemunha de defesa, exibido aos sete jurados no plenário do Fórum Criminal da Barra Funda,que participam do julgamento do Massacre do Carandiru . O julgamento será retomado na quarta-feira, 31, às 10h, com interrogatórios dos réus. A defesa não quis revelar os nomes dos PMs que serão ouvidos.

Neste segundo dia de julgamento, a defesa dos PMs acusados por 73 mortes na invasão ao Complexo do Carandiru em 1992 tentou mostrar que, para as autoridades, a ação no presídio era necessária na rebelião. Para isso, a advogada Ieda Ribeiro de Souza não poupou um novo depoimento do ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho e do ex-secretário da Segurança Pública Pedro Franco de Campos, ambos ouvidos no primeiro júri, em abril, quando 23 réus foram condenados a 156 anos de prisão.

Muito da fala de Fleury foi repetição do depoimento anterior, como qualificar o avanço da Rota no Carandiru como uma conduta "legítima e necessária". "Eu não dei a ordem para a entrada da PM, mas, se estivesse no meu gabinete, teria determinado a invasão", disse. Desta vez, porém, a promotoria procurou tentar explorar as contradições com entrevistas dadas pelo ex-governador na época do massacre e o discurso atual. "Nós esperamos que a conduta da polícia seja diferente caso ocorra outras rebeliões", disse Fleury, em uma coletiva cinco dias depois do massacre.

Neste segundo dia de julgamento, a defesa recuperou em vídeo os depoimentos de dois juízes, dados ao júri em abril. Os hoje desembargadores Ivo de Almeida e Luís Augusto França corroboram a ideia de que foi preciso ocupar a Casa de Detenção. "Quando chegamos, houve tentativas de negociação. Mas não conseguimos sucesso. Daí, a necessidade da invasão", contou Ivo. O desembargador alegou também não ter ouvido rajadas de metralhadoras no dia.

A defesa ainda ouviu por quase duas horas duas testemunhas protegidas, de acordo com um procedimento do Tribunal de Justiça para pessoas que sentem coagidas ou ameaçadas. Elas deram depoimento com o plenário vazio.

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São Paulo - Terminou por volta das 20h o vídeo da segunda testemunha de defesa, exibido aos sete jurados no plenário do Fórum Criminal da Barra Funda,que participam do julgamento do Massacre do Carandiru . O julgamento será retomado na quarta-feira, 31, às 10h, com interrogatórios dos réus. A defesa não quis revelar os nomes dos PMs que serão ouvidos.

Neste segundo dia de julgamento, a defesa dos PMs acusados por 73 mortes na invasão ao Complexo do Carandiru em 1992 tentou mostrar que, para as autoridades, a ação no presídio era necessária na rebelião. Para isso, a advogada Ieda Ribeiro de Souza não poupou um novo depoimento do ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho e do ex-secretário da Segurança Pública Pedro Franco de Campos, ambos ouvidos no primeiro júri, em abril, quando 23 réus foram condenados a 156 anos de prisão.

Muito da fala de Fleury foi repetição do depoimento anterior, como qualificar o avanço da Rota no Carandiru como uma conduta "legítima e necessária". "Eu não dei a ordem para a entrada da PM, mas, se estivesse no meu gabinete, teria determinado a invasão", disse. Desta vez, porém, a promotoria procurou tentar explorar as contradições com entrevistas dadas pelo ex-governador na época do massacre e o discurso atual. "Nós esperamos que a conduta da polícia seja diferente caso ocorra outras rebeliões", disse Fleury, em uma coletiva cinco dias depois do massacre.

Neste segundo dia de julgamento, a defesa recuperou em vídeo os depoimentos de dois juízes, dados ao júri em abril. Os hoje desembargadores Ivo de Almeida e Luís Augusto França corroboram a ideia de que foi preciso ocupar a Casa de Detenção. "Quando chegamos, houve tentativas de negociação. Mas não conseguimos sucesso. Daí, a necessidade da invasão", contou Ivo. O desembargador alegou também não ter ouvido rajadas de metralhadoras no dia.

A defesa ainda ouviu por quase duas horas duas testemunhas protegidas, de acordo com um procedimento do Tribunal de Justiça para pessoas que sentem coagidas ou ameaçadas. Elas deram depoimento com o plenário vazio.

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