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Envolvidos em atos terroristas serão presos 'estejam onde estiverem', diz Dino

O presidente Lula decretou intervenção federal no DF após a invasão do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo

Brazilian new Justice Minister Flavio Dino (C) attends his swearing-in ceremony at the Justice Palace in Brasilia, on January 2, 2023. (Photo by MAURO PIMENTEL / AFP) (Photo by MAURO PIMENTEL/AFP via Getty Images) (MAURO PIMENTEL/Getty Images)

Brazilian new Justice Minister Flavio Dino (C) attends his swearing-in ceremony at the Justice Palace in Brasilia, on January 2, 2023. (Photo by MAURO PIMENTEL / AFP) (Photo by MAURO PIMENTEL/AFP via Getty Images) (MAURO PIMENTEL/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2023 às 20h25.

Última atualização em 8 de janeiro de 2023 às 21h53.

Em pronunciamento à imprensa, na noite deste domingo, 7, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, rechaçou a invasão de bolsonaristas a prédios dos Três Poderes, em Brasília, e garantiu que o governo federal tomou todas as medidas necessárias para responsabilização dos envolvidos. Os atos terroristas, segundo ele, não continuarão.

Dino afirmou que, até agora, aproximadamente 200 pessoas foram presas em flagrante pelo atentado, mas que é cedo para divulgar um balanço final da operação. "As prisões em flagrante continuam, porque tecnicamente o flagrante ocorre durante o cometimento do crime ou logo após", disse.

As pessoas envolvidas serão presas, "estejam onde estiverem", garantiu o ministro. "Se estão na frente do quartel, perto do quartel, ao lado do quartel, pouco importa, porque tecnicamente elas estão em flagrante", afirmou.

As penas, segundo ele, podem ultrapassar 20 anos de prisão, se forem levados em consideração crimes de tentativa de golpe de Estado, danos ao patrimônio público e agressões físicas.

Cerca de 40 ônibus que trouxeram bolsonaristas a Brasília nos últimos dias foram apreendidos, informou Dino. O governo federal já tem informações sobre quem financiou o transporte e os nomes de todos os passageiros. Os veículos são "instrumentos de perpetração de crimes", disse o ministro.

"Já identificamos todos os ônibus que se dirigiram a Brasília e todos os financiadores de tais ônibus, de modo que nós teremos na sequência alguns atos relativos a essa investigação, com novos pedidos de prisão preventiva em face da gravidade do que foi efetuado", afirmou Dino.

Mais cedo, Dino disse que não só aqueles que participaram de protestos ilegais serão punidos, mas também seus financiadores. "Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo", escreveu, no Twitter.

O ministro também confirmou que governadores estão cedendo policiais militares para fortalecer a segurança pública em Brasília nos próximos dias. "Lamentavelmente, ainda há pessoas neste instante, na internet, falando em continuidade dos atos terroristas. Não conseguirão", disse.

Omissão na segurança do DF

Segundo Dino, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), "tinha a visão de que a situação estaria sob controle" e, ao pedir desculpas publicamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "está reconhecendo que algo deu errado neste planejamento".

"Quero crer que o senhor governador vai apurar as responsabilidades em relação àqueles que não cumpriram seus deveres constitucionais", disse o ministro. Após as invasões, Ibaneis exonerou Anderson Torres, ex-ministro do governo Bolsonaro que ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do DF.

"Não quero crer que o governador Ibaneis tenha sido conivente. Provavelmente ele foi iludido, enganado, e essa apuração de responsabilidade vai ser feita", disse Dino. Em relação a Torres, o ministro afirmou que "esse obstáculo ou eventual embaraço já foi removido".

Acompanhe ao vivo a coletiva de Flávio Dino:

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No sábado, 7, Dino autorizou o uso da Força Nacional para conter os atos e a Esplanada dos Ministérios foi fechada para veículos. Os manifestantes, porém, caminharam a pé do quartel general do Exército e foram até o Congresso Nacional, com faixas pedindo “Lula na cadeia”, “intervenção militar” e “Bolsonaro presidente”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal no Distrito Federal (DF) após a invasão bolsonarista no Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo, 8. 

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