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Fiscais interditam obras do Parque Olímpico do Rio

O elevado número de infrações no Parque Olímpico, em maio, acendeu o alerta do Ministério do Trabalho

Ministério do Trabalho e Emprego interditou as obras do Parque Olímpico, no Rio de Janeiro (Divulgação/Cidade Olímpica/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2015 às 15h30.

Rio de Janeiro - Depois de identificar 600 infrações – recorde para uma única ação de fiscalização – e interditar obras no Parque Olímpico, local que receberá competições internacionais no Rio de Janeiro , ano que vem, o Ministério do Trabalho e Emprego fez hoje (16) a primeira reunião do Comitê Local de Trabalho Decente para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

Um dos desafios é envolver a prefeitura do Rio, que contratou o complexo, construtoras e as empresas que fornecerão cerca de 85 mil trabalhadores de várias áreas para as competições, para que cumpram as leis trabalhistas.

O elevado número de infrações no Parque Olímpico, em maio, acendeu o alerta do ministério.

O órgão, fiscaliza agora, semanalmente, a obra, em Jacarepaguá, e está empenhado em não apenas multar, mas também esclarecer empregadores sobre as leis e a necessidade de as empresas assinarem a carteira de trabalho, garantindo benefícios aos contratados, mesmo que temporários.

“Nossa preocupação é que as pessoas não precarizem [a segurança], mesmo as terceirizadas”, disse o superintendente regional do Trabalho no estado do Rio, Antonio Henrique Albuquerque. Por meio do comitê, ele diz que o ministério organizará palestras com empregadores.

Serão convocadas, no primeiro momento, desde empreiteiras até empresas do setor de turismo. A estratégia é a mesma já aplicada em outros grandes eventos, como o carnaval e o Rock in Rio.

“É uma notificação-convite”, explicou Antonio Henrique. “Elas [as empresas] passam a ser obrigadas a vir, tem que mandar representante”, completou.

Segundo ele, a infração mais comum em grandes eventos é a contratação sem carteira [assinada]. Em outra frente, acrescenta, o ministério vai acionar a prefeitura para exigir que as contratadas tenham assistido às palestras.

Outra meta do Comitê Local de Trabalho Decente, além da segurança no trabalho e respeito às leis, é a promoção da diversidade. A Coordenadoria Especial de Promoção das Políticas de Igualdade Racial (Ceppir) da própria prefeitura, que integra o grupo, quer, por exemplo, que sejam dadas oportunidades de emprego, na mesma proporção para homens e mulheres e pessoas negras.

“É importante que tenha uma participação qualitativa também. Que pessoas negras, índias [eventualmente] – não estejam apenas servindo, limpando, mas também no receptivo, no primeiro plano de atendimento [em posições mais bem remuneradas]”, disse Lelete Couto, coordenadora da Ceppir.

Já os representantes do município, responsáveis pelas obras do Parque Olímpico, que receberá 16 modalidades olímpicas e nove paralímpicas, saíram da reunião sem falar à imprensa.

Procurada, a Empresa Olímpica Municipal, criada para gerir as obras e atividades relacionadas às competições, não comentou o recorde de infrações trabalhistas nem a reunião.

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Rio de Janeiro - Depois de identificar 600 infrações – recorde para uma única ação de fiscalização – e interditar obras no Parque Olímpico, local que receberá competições internacionais no Rio de Janeiro , ano que vem, o Ministério do Trabalho e Emprego fez hoje (16) a primeira reunião do Comitê Local de Trabalho Decente para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

Um dos desafios é envolver a prefeitura do Rio, que contratou o complexo, construtoras e as empresas que fornecerão cerca de 85 mil trabalhadores de várias áreas para as competições, para que cumpram as leis trabalhistas.

O elevado número de infrações no Parque Olímpico, em maio, acendeu o alerta do ministério.

O órgão, fiscaliza agora, semanalmente, a obra, em Jacarepaguá, e está empenhado em não apenas multar, mas também esclarecer empregadores sobre as leis e a necessidade de as empresas assinarem a carteira de trabalho, garantindo benefícios aos contratados, mesmo que temporários.

“Nossa preocupação é que as pessoas não precarizem [a segurança], mesmo as terceirizadas”, disse o superintendente regional do Trabalho no estado do Rio, Antonio Henrique Albuquerque. Por meio do comitê, ele diz que o ministério organizará palestras com empregadores.

Serão convocadas, no primeiro momento, desde empreiteiras até empresas do setor de turismo. A estratégia é a mesma já aplicada em outros grandes eventos, como o carnaval e o Rock in Rio.

“É uma notificação-convite”, explicou Antonio Henrique. “Elas [as empresas] passam a ser obrigadas a vir, tem que mandar representante”, completou.

Segundo ele, a infração mais comum em grandes eventos é a contratação sem carteira [assinada]. Em outra frente, acrescenta, o ministério vai acionar a prefeitura para exigir que as contratadas tenham assistido às palestras.

Outra meta do Comitê Local de Trabalho Decente, além da segurança no trabalho e respeito às leis, é a promoção da diversidade. A Coordenadoria Especial de Promoção das Políticas de Igualdade Racial (Ceppir) da própria prefeitura, que integra o grupo, quer, por exemplo, que sejam dadas oportunidades de emprego, na mesma proporção para homens e mulheres e pessoas negras.

“É importante que tenha uma participação qualitativa também. Que pessoas negras, índias [eventualmente] – não estejam apenas servindo, limpando, mas também no receptivo, no primeiro plano de atendimento [em posições mais bem remuneradas]”, disse Lelete Couto, coordenadora da Ceppir.

Já os representantes do município, responsáveis pelas obras do Parque Olímpico, que receberá 16 modalidades olímpicas e nove paralímpicas, saíram da reunião sem falar à imprensa.

Procurada, a Empresa Olímpica Municipal, criada para gerir as obras e atividades relacionadas às competições, não comentou o recorde de infrações trabalhistas nem a reunião.

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