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Fiscais agropecuários do Brasil iniciam greve nacional

Presidente Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários disse que mais de 80% dos fiscais já aderiram em todo o país

Agricultura: greve foi também convocada para alertar a população de que um contingenciamento de recursos de custeio pelo governo federal está afetando as atividades da categoria (Wilson Dias/Abr)
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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 10h50.

São Paulo - Fiscais agropecuários iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta sexta-feira em todo o país para protestar contra o que chamam de ingerência política e empresarial na nomeação do novo secretário de Defesa Agropecuária.

Segundo o presidente Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA), Wilson Roberto de Sá, "a adesão à greve é bastante grande".

"Diria que mais de 80 por cento (dos fiscais) já aderiram em todo o país", afirmou ele à Reuters, por telefone. Ele acrescentou que a greve foi também convocada para alertar a população de que um contingenciamento de recursos de custeio pelo governo federal está afetando as atividades da categoria.

Os fiscais agropecuários cuidam de inspeções e autorizam a liberação de mercadorias em portos, aeroportos e nas fronteiras, além de acompanharem trabalhos de unidades de abates de bovinos, aves e suínos, entre outras atividades.

Não havia imediatamente informações sobre eventuais problemas causados pela greve nas indústrias de carnes ou para as exportações e importações de grãos e outros produtos agrícolas do país.

O sindicato protesta contra a nomeação, realizada esta semana, do advogado Rodrigo Figueiredo para o cargo de secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura.

Para o sindicalista, Figueiredo não tem conhecimentos técnicos para assumir o cargo. "É uma violência contra o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento uma indicação política, um intruso na secretaria, o principal órgão técnico do ministério", afirmou.

O Ministério da Agricultura informou por meio de sua assessoria de imprensa que não vai se manifestar por ora sobre o assunto.


Em nota sobre a nomeação do novo secretário, o governo informou que Figueiredo já foi coordenador-geral de Convênios do Ministério da Agricultura, assessor especial do ministro da Agricultura (Mapa), chefe de Gabinete da Secretaria Executiva do Mapa e assessor da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), tendo atuado na pasta de 1999 a agosto de 2003.

Sá afirmou que não há equipes de fiscais para manter as atividades funcionando minimamente, uma vez que o movimento visa a "radicalização" e deve prosseguir até o novo secretário deixar o cargo.

A Associação Brasileira de Avicultura (Ubabef) informou por meio de sua assessoria de imprensa que é prematuro falar sobre eventuais problemas gerados pela greve, mas que estava levantando informações.

Outras entidades ligadas aos exportadores de grãos e de carnes não tinham representantes imediatamente disponíveis para comentar o assunto.

Contra cortes

Os fiscais também protestam contra a suspensão na liberação de recursos para o custeio, em meio a um contingenciamento de recursos do governo federal.

"No mês de agosto não foi liberado nenhum centavo. Está instalado um caos administrativo. Não vão colocar isso na nossa conta (dos fiscais)", afirmou Sá.

Ele disse ainda que a Defesa Agropecuária recebeu somente metade das verbas previstas em julho.

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São Paulo - Fiscais agropecuários iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta sexta-feira em todo o país para protestar contra o que chamam de ingerência política e empresarial na nomeação do novo secretário de Defesa Agropecuária.

Segundo o presidente Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA), Wilson Roberto de Sá, "a adesão à greve é bastante grande".

"Diria que mais de 80 por cento (dos fiscais) já aderiram em todo o país", afirmou ele à Reuters, por telefone. Ele acrescentou que a greve foi também convocada para alertar a população de que um contingenciamento de recursos de custeio pelo governo federal está afetando as atividades da categoria.

Os fiscais agropecuários cuidam de inspeções e autorizam a liberação de mercadorias em portos, aeroportos e nas fronteiras, além de acompanharem trabalhos de unidades de abates de bovinos, aves e suínos, entre outras atividades.

Não havia imediatamente informações sobre eventuais problemas causados pela greve nas indústrias de carnes ou para as exportações e importações de grãos e outros produtos agrícolas do país.

O sindicato protesta contra a nomeação, realizada esta semana, do advogado Rodrigo Figueiredo para o cargo de secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura.

Para o sindicalista, Figueiredo não tem conhecimentos técnicos para assumir o cargo. "É uma violência contra o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento uma indicação política, um intruso na secretaria, o principal órgão técnico do ministério", afirmou.

O Ministério da Agricultura informou por meio de sua assessoria de imprensa que não vai se manifestar por ora sobre o assunto.


Em nota sobre a nomeação do novo secretário, o governo informou que Figueiredo já foi coordenador-geral de Convênios do Ministério da Agricultura, assessor especial do ministro da Agricultura (Mapa), chefe de Gabinete da Secretaria Executiva do Mapa e assessor da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), tendo atuado na pasta de 1999 a agosto de 2003.

Sá afirmou que não há equipes de fiscais para manter as atividades funcionando minimamente, uma vez que o movimento visa a "radicalização" e deve prosseguir até o novo secretário deixar o cargo.

A Associação Brasileira de Avicultura (Ubabef) informou por meio de sua assessoria de imprensa que é prematuro falar sobre eventuais problemas gerados pela greve, mas que estava levantando informações.

Outras entidades ligadas aos exportadores de grãos e de carnes não tinham representantes imediatamente disponíveis para comentar o assunto.

Contra cortes

Os fiscais também protestam contra a suspensão na liberação de recursos para o custeio, em meio a um contingenciamento de recursos do governo federal.

"No mês de agosto não foi liberado nenhum centavo. Está instalado um caos administrativo. Não vão colocar isso na nossa conta (dos fiscais)", afirmou Sá.

Ele disse ainda que a Defesa Agropecuária recebeu somente metade das verbas previstas em julho.

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