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Fipe: etanol sobe 8,58% em SP e gasolina avança 0,95%

Tarifa do metrô cara em São Paulo e resíduos da alta na passagem de ônibus também trazem impacto ao índice de preços

Aumento pode ser verificado nos postos de São Paulo (Divulgação)

Aumento pode ser verificado nos postos de São Paulo (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2011 às 15h53.

São Paulo - Levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) por meio do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mostrou que a alta nos preços dos combustíveis se intensificou nos postos da capital paulista na segunda metade do mês de março. De acordo com o instituto, o valor médio do etanol subiu 8,58% na terceira quadrissemana do mês ante avanço de 6,70% observado na segunda quadrissemana do mês. A gasolina, por sua vez, aumentou 0,95% contra variação positiva anterior de 0,58%.

Segundo a Fipe, os movimentos de preço do etanol e da gasolina estão entre os principais fatores para a alta do grupo Transportes, cuja variação positiva foi de 0,94% (ante 1,07% da segunda quadrissemana) e respondeu por 0,15 ponto porcentual (41,02%) de toda a taxa de inflação da terceira quadrissemana. No período, o IPC registrou alta de 0,37% na capital paulista ante 0,36% da segunda quadrissemana. "O grupo Transportes é o que está mais pressionando a inflação", disse hoje, em entrevista à imprensa, o coordenador do IPC, Antonio Evaldo Comune.

Ele lembrou que, além do etanol e da gasolina, o aumento na tarifa do metrô em São Paulo e resíduos da alta na passagem de ônibus anunciada ainda em janeiro estão trazendo impacto para o IPC. De acordo com a Fipe, o item metrô subiu 6,13% na terceira quadrissemana de março contra avanço de 8,49% da segunda quadrissemana. O item ônibus, por sua vez, apresentou alta de 0,31% ante variação positiva de 0,42%.

Para Comune, enquanto os impactos de metrô e do ônibus tendem a diminuir a cada pesquisa da Fipe, o etanol dependerá ainda dos fatores sazonais. Ele lembrou que o produto derivado da cana-de-açúcar ainda sofre efeito da entressafra. Quanto à gasolina, afirmou que, além de absorver parte deste mesmo efeito que atinge o etanol, também pode sofrer algum impacto das altas recentes do barril do petróleo no mercado internacional.

Pressão do aluguel

O valor médio do aluguel na cidade de São Paulo liderou o ranking das maiores pressões de alta para a composição do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe na terceira quadrissemana de março. De acordo com o instituto, o aluguel apresentou elevação média de 0,52% no período. O avanço foi superior ao de 0,48% observado na segunda quadrissemana do mês e respondeu sozinho por 0,05 ponto porcentual da taxa de inflação de 0,37% registrada pelo IPC na terceira leitura de março.

De acordo com o coordenador do IPC, a alta nos valores dos alugueis é um fenômeno que já ocorre desde a constatação de forte aquecimento da economia brasileira durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Comune, este aquecimento é repassado ao mercado de imóveis e acaba atingindo também os preços dos aluguéis. "Outro efeito para o aluguel vem do repasse do IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) na renovação dos contratos", destacou, lembrando que os reajustes nos contratos ainda estão sendo amparados pela forte alta acumulada em 12 meses do indicador da FGV. Em 2010, o IGP-M acumulou elevação de 11,32%.

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