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Filhos de mães obesas têm risco 5 vezes maior de ter excesso de peso

Pesquisa foi realizada em conjunto pelos cursos de nutrição da Unifesp, da Universidade São Francisco e da Faculdade de Saúde Pública da USP

O estudo foi com 660 estudantes da capital, de 8 a 18 anos (Robert Lawton/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2011 às 12h00.

São Paulo - Crianças e adolescentes paulistanos filhos de obesas correm um risco 5,34 vezes maior de também apresentarem o problema em relação a indivíduos da mesma idade que têm mães magras. A conclusão é de um estudo com 660 estudantes da capital, de 8 a 18 anos, realizado em conjunto pelos cursos de nutrição da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Universidade São Francisco e da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).

Foram avaliados alunos das redes privada e pública da cidade. No levantamento, os pesquisadores tratam a obesidade na adolescência como problema multifatorial, resultado de uma alimentação rica em gordura, da falta de exercícios físicos e dos hábitos dos pais. No âmbito familiar pesa, ainda, o fator genético para o ganho de peso.

Coordenadora do laboratório de obesidade infantil do Hospital das Clínicas, Sandra Villares afirma que das 420 crianças atendidas na unidade, apenas 25% têm mães magras, ou seja, com um índice de massa corporal (IMC) abaixo de 25. Além disso, segundo a pesquisadora, 90% desses pacientes infantis já eram obesos antes dos 10 anos de idade, o que indica hábitos alimentares errados desde muito cedo.

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Mesmo os hábitos maternos durante a gestação podem interferir no peso dos filhos, diz Sandra. "Mães que se alimentam pouco durante a gravidez também podem ter filhos obesos. Com a restrição alimentar as crianças ganharão peso nos primeiros anos de vida, o que aumenta o risco para que se tornem adultos obesos".

Segundo Sandra, a aderência da mãe a um programa de dieta é essencial para que a criança perca peso quando está gordinha. "A mudança deve vir de casa. As mães não fazem a dieta, mas querem que as crianças façam. Assim, não dá certo", diz. Essa também é a opinião da nutricionista Simone Freire, coordenadora do Programa de Atividades para o Paciente Obeso (Papo), da Unifesp. "Se a alimentação saudável não é aprendida na prática, fica tudo mais complicado", avalia. As informações são do Jornal da Tarde.

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