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Fiesp declara apoio formal ao impeachment de Dilma

Skaf é também um dos principais dirigentes do PMDB paulista e o interlocutor do vice-presidente Michel Temer (PMDB) junto ao empresariado

Prédio da Fiesp: Skaf é também um dos principais dirigentes do PMDB paulista e o interlocutor do vice-presidente Michel Temer (PMDB) junto ao empresariado (.)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2015 às 19h21.

São Paulo - Uma das mais importantes entidades empresariais do Brasil, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) anunciou nesta segunda-feira, 14, o apoio formal ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff que tramita na Câmara dos Deputados .

A medida, que é inédita na história da entidade, foi aprovada por unanimidade depois de uma reunião conjunta entre o conselho de representantes, a diretoria da Federação e a cúpula do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).

"Essa posição oficial foi tomada devido ao momento que nós chegamos", disse o empresário Paulo Skaf, presidente da entidade. Entre os motivos, ele elencou o ajuste fiscal "que foi anunciado ao longo do ano, mas não foi feito", a "perspectiva de estouro de orçamento no próximo ano", e a "total falta de credibilidade do governo".

Skaf é também um dos principais dirigentes do PMDB paulista e o interlocutor do vice-presidente Michel Temer (PMDB) junto ao empresariado.

Para justificar a decisão a Federação divulgou uma pesquisa que ouviu 1.113 empresas paulistas entre 9 e 15 de novembro de 2015.

De acordo com o levantamento, o impedimento é defendido por 91% dos empresários. Apenas 5,9% se disse contra e 3,1% não respondeu ao questionamento.

A pesquisa também aferiu que 85,4% das empresas apoiam a medida, enquanto 4,9% a rechaçam e 9,7% não se posicionou.

Em outro item, 91,9% dos empresários defenderam que a Fiesp se posicione a respeito do processo de impedimento.

Segundo a entidade, o questionário foi preenchido pelo proprietário, presidente, diretor "ou uma pessoa da empresa que tenha uma percepção mais ampla dos seus negócios".

A entidade informa que existem no Estado 153 mil empresas entre transformação e construção civil. A Federação, por sua vez, representa 133 sindicatos patronais de várias áreas.

Ao todo, foram enviados 8.395 questionários para empresas de vários portes.

"A pesquisa demonstra o apoio maciço da base da indústria em defesa do andamento do processo de impeachment", disse Skaf.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo publicada no domingo, 13, o presidente da entidade, Paulo Skaf, que também é um dos dirigentes do PMDB em São Paulo, afirmou que "o empresariado vê com bons olhos" o impeachment e defendeu a mudança de governo.

Skaf participou das manifestações contra a presidente Dilma neste domingo, 13, pela primeira vez e instalou na Avenida Paulista, em frente à entidade, um pato amarelo gigante que simboliza a campanha da Fiesp contra a recriação da CPMF.

"Essa talvez tenha sido a decisão mais importante na história das nossas entidades. Não há um precedente igual", afirmou Skaf.

Em 29 de setembro de 1992, o presidente recém-eleito da Federação, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, fez um discurso em sua posse defendendo pessoalmente o impeachment de Fernando Collor.

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São Paulo - Uma das mais importantes entidades empresariais do Brasil, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) anunciou nesta segunda-feira, 14, o apoio formal ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff que tramita na Câmara dos Deputados .

A medida, que é inédita na história da entidade, foi aprovada por unanimidade depois de uma reunião conjunta entre o conselho de representantes, a diretoria da Federação e a cúpula do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).

"Essa posição oficial foi tomada devido ao momento que nós chegamos", disse o empresário Paulo Skaf, presidente da entidade. Entre os motivos, ele elencou o ajuste fiscal "que foi anunciado ao longo do ano, mas não foi feito", a "perspectiva de estouro de orçamento no próximo ano", e a "total falta de credibilidade do governo".

Skaf é também um dos principais dirigentes do PMDB paulista e o interlocutor do vice-presidente Michel Temer (PMDB) junto ao empresariado.

Para justificar a decisão a Federação divulgou uma pesquisa que ouviu 1.113 empresas paulistas entre 9 e 15 de novembro de 2015.

De acordo com o levantamento, o impedimento é defendido por 91% dos empresários. Apenas 5,9% se disse contra e 3,1% não respondeu ao questionamento.

A pesquisa também aferiu que 85,4% das empresas apoiam a medida, enquanto 4,9% a rechaçam e 9,7% não se posicionou.

Em outro item, 91,9% dos empresários defenderam que a Fiesp se posicione a respeito do processo de impedimento.

Segundo a entidade, o questionário foi preenchido pelo proprietário, presidente, diretor "ou uma pessoa da empresa que tenha uma percepção mais ampla dos seus negócios".

A entidade informa que existem no Estado 153 mil empresas entre transformação e construção civil. A Federação, por sua vez, representa 133 sindicatos patronais de várias áreas.

Ao todo, foram enviados 8.395 questionários para empresas de vários portes.

"A pesquisa demonstra o apoio maciço da base da indústria em defesa do andamento do processo de impeachment", disse Skaf.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo publicada no domingo, 13, o presidente da entidade, Paulo Skaf, que também é um dos dirigentes do PMDB em São Paulo, afirmou que "o empresariado vê com bons olhos" o impeachment e defendeu a mudança de governo.

Skaf participou das manifestações contra a presidente Dilma neste domingo, 13, pela primeira vez e instalou na Avenida Paulista, em frente à entidade, um pato amarelo gigante que simboliza a campanha da Fiesp contra a recriação da CPMF.

"Essa talvez tenha sido a decisão mais importante na história das nossas entidades. Não há um precedente igual", afirmou Skaf.

Em 29 de setembro de 1992, o presidente recém-eleito da Federação, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, fez um discurso em sua posse defendendo pessoalmente o impeachment de Fernando Collor.

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