Fiéis se alegram com "um pouco" de papa
Não é todo dia que se pode ver um papa ao vivo. Então, para os fiéis presentes na acolhida da JMJ em Copacabana ontem, muitos sacrifícios foram válidos
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2013 às 09h36.
Rio de Janeiro - Não é todo dia que se pode ver um papa ao vivo, mesmo no Brasil, país com maior população católica do mundo, que recebe nesta semana apenas pela quinta vez em sua história a visita de um pontífice.
Então, para os fiéis presentes nesta quinta-feira na acolhida da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, muitos sacrifícios foram considerados válidos. Mesmo que tenha sido apenas para ficar, em meio à multidão de 1,5 milhão de pessoas, a alguma distância do papa Francisco , que faz nesta semana sua primeira viagem internacional desde que foi eleito.
"Ele é uma pessoa que representa Deus, não é qualquer um. Por isso que eu saí do Paraná para vir para cá. Nem consegui vê-lo, porque ele passou rapidamente por onde eu estava, mas mesmo assim estou muito feliz", comemorou a estudante Luana Bueno, de Curitiba.
Ver o líder religioso de muito longe, e mesmo assim apenas uma parte do corpo dele e por um fração de segundos já foi suficiente para alegrar a carioca Jandira Wanzeller, que ficou de pé praticamente na mesma posição das 14h às 20h.
"Consegui ver apenas o braço dele acenando. E mesmo que não tivesse conseguido nem isso, eu já estaria feliz. O importante é o contato espiritual que temos com ele. Só de saber que um homem de fé, que passa esperança e paz está ali a alguns metros, já é maravilhoso e emocionante", relatou a aposentada.
Outros tiveram ainda menos sorte. Foi o caso do padre Vinicius Caperrone, de Caxias do Sul/RS, que acompanhou a acolhida apenas de um telão do qual enxergava apenas parte.
"Todos nós viemos aqui por querermos estar perto dele, que é o maior representante da igreja. E também por ser a JMJ, um evento histórico para o Brasil. É importante curtir e participar deste momento, independentemente do quanto nos aproximamos do papa", declarou.
Quem conseguiu ouvir bem o que foi dito pelo pontífice voltou para casa com boas lembranças e alguns ensinamentos. Caso da argentina Teresa de los Santos, que deixou a praia do Leme com o pensamento de que a bondade começa nela e se espalha pelo mundo.
"Foi uma linda homilia, me tocou muito. Gostei muito de quando ele falou que Cristo e todas as coisas boas nascem dentro de nós. Primeiramente, temos que ter fé, e depois, transmitir essas coisas boas", lembrou.
O estudante Felipe Fausto saiu de São Carlos, no interior de São Paulo, para trabalhar como voluntário durante a JMJ, a segunda da qual participa. Em 2011, ele viajou para Madri. O paulista se disse encantado com as palavras de Francisco como um todo e, mais do que isso, com todo o momento vivido por ele na tarde e na noite desta quinta.
"Estar aqui já é muito emocionante. O evangelho todo me marcou. Por mim, eu ficaria aqui para sempre vivendo este momento e neste espírito. Mas, ao mesmo tempo, ganho forças para viver minha vida e anunciar a palavra de Deus", afirmou Felipe, que demonstrou uma ponta de tristeza por não ter conseguido se aproximar do pontífice.
"Queria chegar mais perto do papa, mas tive dificuldades para chegar até aqui. Vim de ônibus e terminei o percurso a pé. Mas, mesmo assim, valeu a pena", garantiu.
"São sensações como a que estou sentindo agora que me fazem sair de casa, encarar uma viagem de 12 horas de ônibus. Não sabemos que precisamos disso até sentirmos na pele. Não é o papa que está aqui, é Cristo, e não fui eu que vim ao encontro dele, ele é que veio ao encontro de todos nós", acrescentou.
Para o carioca João Luiz Mendes, mais importante que estar perto de Francisco era viver tudo o que o papa proporcionou, como o amor entre as pessoas que foram vê-lo.
"É um momento inexplicável e indescritível. Me sinto um jovem com 49 anos, e não esperava viver toda essa alegria. É ótimo virar para o lado e ver várias pessoas sorrindo. O mundo inteiro está aqui por algo bom", vibrou o ferroviário aposentado, que se derreteu em elogios ao líder religioso.
"O papa Francisco deu mais uma prova de que ele é um enviado de Deus para os pobres. Queria ir lá e pegar na mão dele, dar um abraço nele, mas diante de tantas pessoas boas aqui, eu abraço uma delas e me imagino o abraçando", contou.
Rio de Janeiro - Não é todo dia que se pode ver um papa ao vivo, mesmo no Brasil, país com maior população católica do mundo, que recebe nesta semana apenas pela quinta vez em sua história a visita de um pontífice.
Então, para os fiéis presentes nesta quinta-feira na acolhida da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, muitos sacrifícios foram considerados válidos. Mesmo que tenha sido apenas para ficar, em meio à multidão de 1,5 milhão de pessoas, a alguma distância do papa Francisco , que faz nesta semana sua primeira viagem internacional desde que foi eleito.
"Ele é uma pessoa que representa Deus, não é qualquer um. Por isso que eu saí do Paraná para vir para cá. Nem consegui vê-lo, porque ele passou rapidamente por onde eu estava, mas mesmo assim estou muito feliz", comemorou a estudante Luana Bueno, de Curitiba.
Ver o líder religioso de muito longe, e mesmo assim apenas uma parte do corpo dele e por um fração de segundos já foi suficiente para alegrar a carioca Jandira Wanzeller, que ficou de pé praticamente na mesma posição das 14h às 20h.
"Consegui ver apenas o braço dele acenando. E mesmo que não tivesse conseguido nem isso, eu já estaria feliz. O importante é o contato espiritual que temos com ele. Só de saber que um homem de fé, que passa esperança e paz está ali a alguns metros, já é maravilhoso e emocionante", relatou a aposentada.
Outros tiveram ainda menos sorte. Foi o caso do padre Vinicius Caperrone, de Caxias do Sul/RS, que acompanhou a acolhida apenas de um telão do qual enxergava apenas parte.
"Todos nós viemos aqui por querermos estar perto dele, que é o maior representante da igreja. E também por ser a JMJ, um evento histórico para o Brasil. É importante curtir e participar deste momento, independentemente do quanto nos aproximamos do papa", declarou.
Quem conseguiu ouvir bem o que foi dito pelo pontífice voltou para casa com boas lembranças e alguns ensinamentos. Caso da argentina Teresa de los Santos, que deixou a praia do Leme com o pensamento de que a bondade começa nela e se espalha pelo mundo.
"Foi uma linda homilia, me tocou muito. Gostei muito de quando ele falou que Cristo e todas as coisas boas nascem dentro de nós. Primeiramente, temos que ter fé, e depois, transmitir essas coisas boas", lembrou.
O estudante Felipe Fausto saiu de São Carlos, no interior de São Paulo, para trabalhar como voluntário durante a JMJ, a segunda da qual participa. Em 2011, ele viajou para Madri. O paulista se disse encantado com as palavras de Francisco como um todo e, mais do que isso, com todo o momento vivido por ele na tarde e na noite desta quinta.
"Estar aqui já é muito emocionante. O evangelho todo me marcou. Por mim, eu ficaria aqui para sempre vivendo este momento e neste espírito. Mas, ao mesmo tempo, ganho forças para viver minha vida e anunciar a palavra de Deus", afirmou Felipe, que demonstrou uma ponta de tristeza por não ter conseguido se aproximar do pontífice.
"Queria chegar mais perto do papa, mas tive dificuldades para chegar até aqui. Vim de ônibus e terminei o percurso a pé. Mas, mesmo assim, valeu a pena", garantiu.
"São sensações como a que estou sentindo agora que me fazem sair de casa, encarar uma viagem de 12 horas de ônibus. Não sabemos que precisamos disso até sentirmos na pele. Não é o papa que está aqui, é Cristo, e não fui eu que vim ao encontro dele, ele é que veio ao encontro de todos nós", acrescentou.
Para o carioca João Luiz Mendes, mais importante que estar perto de Francisco era viver tudo o que o papa proporcionou, como o amor entre as pessoas que foram vê-lo.
"É um momento inexplicável e indescritível. Me sinto um jovem com 49 anos, e não esperava viver toda essa alegria. É ótimo virar para o lado e ver várias pessoas sorrindo. O mundo inteiro está aqui por algo bom", vibrou o ferroviário aposentado, que se derreteu em elogios ao líder religioso.
"O papa Francisco deu mais uma prova de que ele é um enviado de Deus para os pobres. Queria ir lá e pegar na mão dele, dar um abraço nele, mas diante de tantas pessoas boas aqui, eu abraço uma delas e me imagino o abraçando", contou.