Ferrovia Norte-Sul também teve pagamento de propina
Segundo delator, esquema de desvios de recursos na Ferrovia Norte-Sul seguia moldes de corrupção na Petrobras
Talita Abrantes
Publicado em 2 de abril de 2015 às 11h15.
São Paulo – Em acordo de delação premiada, o presidente da Camargo Côrrea , Dalton Avancini, revelou à Justiça que as obras para a construção da Ferrovia Norte-Sul seguiram um esquema de corrupção semelhante ao existente na Petrobras. As informações são do jornal O Globo.
De acordo com o delator, o esquema também abastecia partidos políticos com pagamento de propinas e, como nas obras da Petrobras , o contrato da ferrovia também teria se submetido às regras de um clube de empreiteiras, que ditava quais empresas venceriam as licitações.
Segundo a reportagem do jornal O Globo, outras construtoras investigadas na Lava Jato também faziam parte deste esquema. Entre elas, estariam a Andrade Gutierrez, a Queiroz Galvão e a Constran, ligada à UTC. As empresas negaram envolvimento.
Segundo a publicação, a Camargo Côrrea teria contratos da ordem do 1 bilhão de reais com as obras da Ferrovia, que estão sob responsabilidade da Valec, estatal ligada ao Ministério dos Transportes que administra as ferrovias brasileiras.
Em setembro do ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) constatou indícios de sobrepreço nos contratos referentes ao trecho que vai de Porto Seco de Anápolis e o Pátio de Uruaçu, em Goiás. Somadas, as irregularidades chegam a 176 milhões de reais.
Com mais de 4 mil quilômetros de extensão, a Ferrovia Norte-Sul corta nove estados.
São Paulo – Em acordo de delação premiada, o presidente da Camargo Côrrea , Dalton Avancini, revelou à Justiça que as obras para a construção da Ferrovia Norte-Sul seguiram um esquema de corrupção semelhante ao existente na Petrobras. As informações são do jornal O Globo.
De acordo com o delator, o esquema também abastecia partidos políticos com pagamento de propinas e, como nas obras da Petrobras , o contrato da ferrovia também teria se submetido às regras de um clube de empreiteiras, que ditava quais empresas venceriam as licitações.
Segundo a reportagem do jornal O Globo, outras construtoras investigadas na Lava Jato também faziam parte deste esquema. Entre elas, estariam a Andrade Gutierrez, a Queiroz Galvão e a Constran, ligada à UTC. As empresas negaram envolvimento.
Segundo a publicação, a Camargo Côrrea teria contratos da ordem do 1 bilhão de reais com as obras da Ferrovia, que estão sob responsabilidade da Valec, estatal ligada ao Ministério dos Transportes que administra as ferrovias brasileiras.
Em setembro do ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) constatou indícios de sobrepreço nos contratos referentes ao trecho que vai de Porto Seco de Anápolis e o Pátio de Uruaçu, em Goiás. Somadas, as irregularidades chegam a 176 milhões de reais.
Com mais de 4 mil quilômetros de extensão, a Ferrovia Norte-Sul corta nove estados.