Brasil

Fernando Henrique elogia Dilma e fala em conciliação

Para FHC, o gesto da presidente foi de conciliação e exemplo de democracia

Fernando Henrique: "Foi muito mais que um gesto político, foi um gesto para dizer: olha somos todos brasileiros, em alguns pontos temos de nos entender" (Germano Lüders/EXAME)

Fernando Henrique: "Foi muito mais que um gesto político, foi um gesto para dizer: olha somos todos brasileiros, em alguns pontos temos de nos entender" (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2012 às 17h48.

Brasília - No discurso de encerramento da sessão solene no Senado de homenagem aos seus 80 anos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou-se "muito feliz" com a carta que lhe foi enviada pela presidente Dilma Rousseff. Para o ex-presidente, o gesto de Dilma foi de conciliação e exemplo de democracia.

"(A carta) foi muito mais que um gesto político, foi um gesto para dizer: olha somos todos brasileiros, em alguns pontos temos de nos entender", afirmou o ex-presidente. Dilma enviou a Fernando Henrique uma carta cumprimentando-o pelo aniversário e o reconhecendo como um político que "contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica" no Brasil.

Em seu discurso, o ex-presidente admitiu que o País avançou muito em relação àquele "país pobre, doente, analfabeto, mergulhado num abismo social de diferenças de classe". No entanto, embora os brasileiros tenham, agora, acesso à educação e à saúde pública, o tucano advertiu que é preciso qualificar os serviços. "Temos de entrar num patamar em que não basta o acesso, falta muito para o salto de qualidade", afirmou.

Para o ex-presidente, o Brasil ainda tem um desafio muito grande pela frente, de construir uma "sociedade mais decente", em que o desenvolvimento sustentável alcance todas as pessoas, sem que alguns continuem sendo deixados de lado.

Por fim, Fernando Henrique declarou-se emocionado com a exibição de um vídeo feito pelo cantor e compositor Chico Buarque para sua campanha a prefeito de São Paulo pelo PMDB, transformando a clássica "Vai passar" em "Vai ganhar". Revelou que na época, recebeu um telefonema de Chico cantando o refrão da música para ele. E comparou a surpresa à emoção de ter a "grande dama cênica", Fernanda Montenegro, como mestre de cerimônias na homenagem de hoje.

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