Feliciano Filho é processado por maltratar cães
Reeleito deputado estadual no domingo, político é processado por danos ambientais e improbidade administrativa
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2014 às 18h15.
São Paulo - O Ministério Público de São Paulo ajuizou, na sexta-feira, 3, uma ação civil pública contra o deputado estadual Feliciano Filho (PEN) por danos ambientais e improbidade administrativa.
O político , defensor da causa animal, foi reeleito no domingo, 5, com 188.898 votos e ficou na 8ª colocação no estado.
Feliciano, a ONG Unidade Protetora dos Animais (UPA), e um vereador de Campinas são acusados de maus tratos em um abrigo de cachorros da organização não-governamental, de usar área rural e de preservação permanente para a atividade de um canil, e de usar veículos, máquinas e equipamentos de propriedade pública em serviço particular.
"Lá encontraram 40 animais mantidos em situação de negligência e maus tratos sob os cuidados do caseiro e de sua família", informa a ação.
"Nos laudos técnicos que instruem os autos, as fotos e as descrições da situação encontrada impressionam até os que não são especialmente sensíveis à causa, pelo grau de crueldade que estava sendo praticado."
O texto da ação informa ainda que uma médica veterinária enfatizou que o local onde os animais ficavam era um barracão coberto, porém aberto, sem proteção adequada contra chuva e frio.
Segundo a Promotoria, a área estava tomada de sujeira de urina e fezes e muitos animais estavam com doenças, fraturas, tumor de mama e sinais característicos de dor. A medicação estava vencida e o local estava repleto de fezes de roedores.
"Posteriormente, feitos exames laboratoriais, constatou-se que a causa da morte desses animais foi a doença conhecida como parvovirose e que outros cachorros, vivos, poderiam estar acometidos pelo vírus causador desta grave patologia canina, sem qualquer cuidado de isolamento."
A ação informa que uma família era a responsável por cuidar do abrigo, onde "convivia apenas com os cachorros que eram descarregados ali, em solidariedade de infortúnio".
Segundo o texto, o caseiro contou que o abrigo chegou a ter 100 cachorros, de diferentes portes, doentes ou feridos, que se aglomeravam em canis pequenos e que os cachorros constantemente brigavam, se feriam, e muitas vezes, passavam fome.
"Com a bandeira de ser "o único deputado 100% dedicado à causa animal" e apresentando extenso rol de projetos de lei de defesa dos animais em seu currículo, Feliciano construiu uma biografia política à custa do apelo à causa animal, que sensibiliza grupo significativo de eleitores de boa-fé. Foi o vereador mais votado de Campinas em 2004. Em 2006, elegeu-se Deputado Estadual e foi reeleito em 2.010.1", afirma o texto da ação.
O político afirmou à reportagem que trata-se de uma armação contra ele. "Podemos provar tudo, é nitroglicerina pura", afirmou. "Fizeram isso às vésperas da eleição. Apareceu na internet antes de ser publicado no Tribunal. É uma grande armação, que começou lá atrás."
//www.youtube.com/embed/SBI6upB8zuM
São Paulo - O Ministério Público de São Paulo ajuizou, na sexta-feira, 3, uma ação civil pública contra o deputado estadual Feliciano Filho (PEN) por danos ambientais e improbidade administrativa.
O político , defensor da causa animal, foi reeleito no domingo, 5, com 188.898 votos e ficou na 8ª colocação no estado.
Feliciano, a ONG Unidade Protetora dos Animais (UPA), e um vereador de Campinas são acusados de maus tratos em um abrigo de cachorros da organização não-governamental, de usar área rural e de preservação permanente para a atividade de um canil, e de usar veículos, máquinas e equipamentos de propriedade pública em serviço particular.
"Lá encontraram 40 animais mantidos em situação de negligência e maus tratos sob os cuidados do caseiro e de sua família", informa a ação.
"Nos laudos técnicos que instruem os autos, as fotos e as descrições da situação encontrada impressionam até os que não são especialmente sensíveis à causa, pelo grau de crueldade que estava sendo praticado."
O texto da ação informa ainda que uma médica veterinária enfatizou que o local onde os animais ficavam era um barracão coberto, porém aberto, sem proteção adequada contra chuva e frio.
Segundo a Promotoria, a área estava tomada de sujeira de urina e fezes e muitos animais estavam com doenças, fraturas, tumor de mama e sinais característicos de dor. A medicação estava vencida e o local estava repleto de fezes de roedores.
"Posteriormente, feitos exames laboratoriais, constatou-se que a causa da morte desses animais foi a doença conhecida como parvovirose e que outros cachorros, vivos, poderiam estar acometidos pelo vírus causador desta grave patologia canina, sem qualquer cuidado de isolamento."
A ação informa que uma família era a responsável por cuidar do abrigo, onde "convivia apenas com os cachorros que eram descarregados ali, em solidariedade de infortúnio".
Segundo o texto, o caseiro contou que o abrigo chegou a ter 100 cachorros, de diferentes portes, doentes ou feridos, que se aglomeravam em canis pequenos e que os cachorros constantemente brigavam, se feriam, e muitas vezes, passavam fome.
"Com a bandeira de ser "o único deputado 100% dedicado à causa animal" e apresentando extenso rol de projetos de lei de defesa dos animais em seu currículo, Feliciano construiu uma biografia política à custa do apelo à causa animal, que sensibiliza grupo significativo de eleitores de boa-fé. Foi o vereador mais votado de Campinas em 2004. Em 2006, elegeu-se Deputado Estadual e foi reeleito em 2.010.1", afirma o texto da ação.
O político afirmou à reportagem que trata-se de uma armação contra ele. "Podemos provar tudo, é nitroglicerina pura", afirmou. "Fizeram isso às vésperas da eleição. Apareceu na internet antes de ser publicado no Tribunal. É uma grande armação, que começou lá atrás."
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