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Feldman reúne-se com Marina para discutir novo partido

Movimento do qual a ex-ministra é líder pode acabar tornando-se uma nova legenda política


	Walter Feldman: o tucano havia dito que deixaria o PSDB, mas resolveu permanecer associado ao partido
 (Agencia Camara)

Walter Feldman: o tucano havia dito que deixaria o PSDB, mas resolveu permanecer associado ao partido (Agencia Camara)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 20h34.

São Paulo - O deputado federal Walter Feldman (PSDB) confirmou nesta segunda-feira que irá participar nesta terça-feira (22) da reunião do Movimento Nova Política, liderado pela ex-senadora e ex-ministra Marina Silva (sem partido), que será realizada na capital paulista. De acordo com o tucano, ele é o único membro do seu atual partido que está tomando parte nesse movimento, que pode transformar-se em uma nova legenda política. "Não existe (uma movimentação) dentro do PSDB de aproximação com esse movimento", garantiu.

Feldman afirmou que vem conversando com Marina Silva desde que anunciou sua saída do PSDB, no início de 2011, ocasião na qual acabou voltando atrás e permaneceu na legenda. Desta vez, no entanto, ele negou que já tenha tomado uma decisão sobre sair do PSDB. "Se eu já tivesse uma posição sobre a saída do partido, preferiria anunciar isso antes do que estar dentro (do partido) trabalhando", argumentou.

Indagado sobre as especulações de que o ex-governador José Serra (PSDB) poderia estar buscando uma aproximação com o movimento de Marina Silva, Feldman negou. "O Serra não está participando. Eu estive com ele recentemente e ele me pediu para ter muita calma nessas decisões (de eventualmente deixar o partido)", disse.

Segundo Feldman, o debate de amanhã deve focar a possibilidade de o movimento tornar-se uma legenda. "Nessa reunião se pretende avançar um pouco o debate sobre a existência ou não de um movimento suficiente para criar a nova legenda", disse. Essa possibilidade, explicou, seria advinda de um suposto "esgotamento" do atual modelo político brasileiro. "Está para nascer um novo sistema, mas é uma condição complexa. (Esse movimento) aponta que tem um sentimento de mudança na sociedade, um sentimento de rejeição (à política atual)", afirmou.

As conversas que ele tem mantido com Marina, disse, são no sentido de captar essa insatisfação e buscar novos modelos. "Quando uma sociedade não aceita uma estrutura (política) como sua representante e os políticos como ativistas, tem algo profundamente errado que precisa mudar. O debate do movimento e os depoimentos da Marina têm ido nessa direção", afirmou.

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