Federação de policiais federais apoia greve dos caminhoneiros
Entidade ressaltou compromisso de "jamais funcionar como polícia de governo ou um braço armado contra os manifestantes"
Luiza Calegari
Publicado em 28 de maio de 2018 às 09h51.
Última atualização em 28 de maio de 2018 às 16h19.
São Paulo - A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) divulgou, neste domingo (27), uma nota de apoio à greve dos caminhoneiros .
No documento, a entidade afirma que "o objeto de luta dos caminhoneiros também representa a vontade de todos os brasileiros. Assim, a luta da categoria é a nossa luta".
A Fenapef ainda destacou que seu compromisso é de "jamais funcionar como polícia de governo ou um braço armado contra os manifestantes".
Leia a íntegra da nota da Fenapef:
"No dia 11 de junho de 2017, caminhoneiros e cegonheiros fizeram manifestações em várias rodovias brasileiras em apoio à Polícia Federal e ao combate à corrupção.
De lá pra cá, discutiram por diversas vezes sobre iniciar ou não um grande movimento nacional contra a absurda política de aumento de combustíveis implementada pelo Governo Federal.
A Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF) e suas entidades representativas nos 27 estados acompanham com atenção e muita preocupação o desenrolar das negociações entre representantes dos caminhoneiros e do Governo, em busca de uma solução que atenda aos anseios dos trabalhadores e da população brasileira.
É fato que o objeto de luta dos caminhoneiros também representa a vontade de todos os brasileiros. Assim, a luta da categoria é a nossa luta.
Com gratidão e reconhecimento ao movimento que iniciaram em 2017, as entidades representativas sindicais dos policiais federais manifestam seu apoio ao movimento dos caminhoneiros, ocasião em que reafirmam seu compromisso de defender o povo brasileiro e de jamais funcionar como polícia de governo ou um braço armado contra os manifestantes.
Uma vez preservados os atendimentos básicos da sociedade, desde hospitais até instituições de segurança pública, o movimento exerce legítima pressão por mudanças e estará longe de ser considerado pela sociedade como irresponsável e/ou fora de controle.
Como bem pontuou em nota o Claudio Lamacchia, presidente do Conselho Federal da OAB, “a greve dos caminhoneiros é consequência do desconcerto geral do país, agravado pela política abusiva de preços dos combustíveis. As altas constantes têm prejudicado todo o sistema produtivo e o cotidiano dos cidadãos.”