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As expectativas do mercado foram confirmadas: o Federal Reserve elevou a taxa de básica de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 1,75% e 2%

Jerome Powell: O Fed também sinalizou dois outros aumentos da taxa até o final do ano, que, caso sejam concretizados, totalizarão quatro altas em 2018 (Yuri Gripas/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2018 às 06h58.

Última atualização em 14 de junho de 2018 às 07h11.

Fed aumenta juros

Confirmando as expectativas do mercado, o banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), elevou, nesta quarta-feira, a taxa de básica de juros taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 1,75% e 2%. O Fed também sinalizou dois outros aumentos da taxa até o final do ano, que, caso sejam concretizados, totalizarão quatro altas em 2018. Segundo comunicado, a instituição avaliará as condições reais e esperadas para a economia americana, tendo em vista seu objetivo para inflação em 2% (o centro da meta) e máximo emprego para determinar os próximos aumentos. Com a decisão, o dólar fechou em alta de 0,17% ante o real, a 3,71 reais na venda. Na máxima do dia, a moeda chegou a 3,74, mas foi segurado pela atuação intensa do Banco Central brasileiro. O Ibovespa, principal índice acionário da B3, caiu 0,87%, a 72.122 pontos, nova mínima do ano, tendo tocado 71.035 pontos no pior momento, em queda de 2,36%.

Compra de silêncio

Sem poder indiciar o presidente Michel Temer em inquérito sobre fraudes na Caixa, a Polícia Federal atribuiu ao presidente “indícios suficientes” de ação na suposta compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), segundo o Estadão. Relatório da Operação Cui Bono?, que mira desvios na Caixa, dedica um capítulo somente para a suposta compra do silêncio de Cunha e do delator Lúcio Funaro por Temer. O presidente é apenas citado, ele não está entre os indiciados porque detém foro privilegiado. Segundo o relatório, foram verificados indícios suficientes de materialidade e autoria atribuível a Temer no delito previsto no Artigo 2o, por embaraçar investigação de infração penal praticada por organização criminosa. De acordo com o relatório, isso aconteceu na medida em que Temer incentivou a manutenção de pagamentos ilegítimos a Eduardo Cunha, pelo empresário Joesley Batista, e deixou de comunicar autoridades competentes de suposta corrupção de membros da Magistratura Federal e do Ministério Público Federal.

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Propinas de Cunha e Geddel

O documento de conclusão do inquérito sobre fraudes na Caixa indicia 16 pessoas, entre elas Cunha, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, Funaro e executivos dos grupos Bertin, Constantino, — Henrique Constantino, dono da Gol —, Marfrig e J&F. Segundo o Estadão, a PF apontou indícios de que Geddel tenha recebido 16 milhões de reais em propina para influenciar a liberação de recursos da vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa. Já Cunha é citado como o destinatário de entregas de valores que, somados, alcançam 89 milhões de reais. Os pagamentos a Geddel e Cunha, segundo a PF, foram feitos por meio do corretor Lúcio Funaro, apontado como operador de propina do grupo político do MDB da Câmara. Os valores teriam sido pagos pelas empresas J&F Investimentos (acionista da JBS), Grupo Marfrig, Grupo Bertin e “Grupo Constantino”, dono da Gol Linhas Aéreas.

Contas aprovadas

Nesta quarta-feira, o Tribunal de Contas da União deu parecer favorável à aprovação das contas do presidente Michel Temer em 2017, porém fez 23 ressalvas relacionadas a falhas presentes no balanço-geral da União e na execução de orçamentos públicos. A informação é do jornal Folha de S.Paulo. O tribunal fez quatro alertas e 24 recomendações para corrigir os problemas apontados. Segundo o jornal, o tribunal afirmou que, caso não haja modificações na Lei do Teto dos Gastos, haverá dificuldade para manter a máquina pública operando nos próximos anos. A paralisia total seria no primeiro semestre de 2014. Segundo os auditores, caso as despesas obrigatórias continuem crescendo no ritmo atual, não haverá em seis anos recursos para fazer gastos discricionários, ou seja, de livre escolha do gestor, a exemplo dos investimentos em obras públicas. Também poderá haver impactos no pagamento de salários, em serviços diversos e na continuidade de programas sociais, como o Bolsa Família.

PIS/Pasep liberado

O governo ampliou a possibilidade de saque do PIS/Pasep para cotistas de todas as idades que trabalharam entre 1971 e 1988. A permissão de saque nessas condições é válida apenas até 28 de setembro, segundo lei sancionada nesta quarta-feira pelo presidente Michel Temer. Até a sanção da lei, a idade mínima para sacar o PIS/Pasep era 70 anos, mas o Planalto já havia editado uma medida provisória reduzindo esse limite a 60 anos. A expectativa do governo é que 16 milhões de pessoas, com idade inferior a 60 anos, possam sacar até 16 bilhões de reais do PIS/Pasep. No dia 28 de setembro, voltam a valer as regras anteriores, ou seja, apenas pessoas com 60 anos ou mais estão aptas a retirar o benefício. Até lá, beneficiários de qualquer idade podem fazer a retirada do dinheiro. Pelos cálculos do governo, o pagamento do PIS/Pasep, incluindo todos os públicos, injetará 39,3 bilhões de reais na economia.

Vendas crescendo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou nesta quarta-feira as vendas varejistas de abril: equipamentos para escritório e combustíveis impulsionaram o setor. De acordo com o Instituto, as vendas no varejo subiram 1% em abril em relação ao mês anterior, estimuladas pela baixa inflação e pela maior oferta de crédito e menor endividamento das famílias. O crescimento foi influenciado, principalmente, pelo aumento de 4,8% nas vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação e de 3,4% em combustíveis e lubrificantes. A comercialização em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com importante peso sobre o bolso dos consumidores, teve aumento de 1% em abril, depois de subir apenas 0,1% em março. A única atividade que não registrou ganhos foi a de outros artigos de uso pessoal e doméstico, cujas vendas ficaram estagnadas. No varejo ampliado, o volume de vendas aumentou 1,3% em comparação a março. Porém, o resultado positivo de abril não será repetido em maio. Segundo o IBGE, a greve dos caminhoneiros pode desacelerar o crescimento no segundo trimestre do ano.

20 bi com a Copa

Uma pesquisa realizada nas capitais brasileiras pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) projeta que cerca de 60 milhões de consumidores brasileiros deverão gastar com produtos ou serviços relacionados à Copa do Mundo. Apenas 25% dos entrevistados não deverão consumir produtos ligados ao Mundial. Segundo o estudo, os jogos da Copa deverão movimentar cerca de 20,3 bilhões de reais nos setores de comércio e serviços em todo o país. Segundo a projeção, o foco da maior parcela de gastos está ligado ao consumo de alimentos e de bebidas para o acompanhamento das partidas na residência dos torcedores, como tira-gostos (56%), pipoca (37%), salgados (39%), cerveja (74%), refrigerantes (72%), água (69%) e itens para churrasco (49%). Esses gastos representam 91% dos entrevistados.

Mais encontros entre Kim e Trump

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, aceitou o convite feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para visitá-lo em seu país. Segundo agências de notícias norte-coreanas, o convite foi aceito após o encontro dos líderes em Singapura na segunda-feira. Durante a histórica reunião realizada no dia 12, “Kim Jong-un convidou Trump para visitar Pyongyang no momento adequado, e Trump convidou Kim Jong-un para uma visita aos Estados Unidos”, segundo a agência estatal norte-coreana de notícias KCNA. A agência estatal e o Rodong, principal jornal norte-coreano, ofereceram hoje extensas informações sobre a cúpula de Singapura, na primeira versão dos veículos de imprensa do fechado regime sobre o resultado do histórico encontro. “A cúpula RPDC-EUA ocorreu em Singapura com sucesso entre um apoio entusiasmado e as boas-vindas de todo o mundo e resultou num grande evento de importância significativa para promover a tendência histórica de reconciliação e paz”, destaca a KCNA, que também afirma a “mudança radical” nas “relações hostis” bilaterais.

Comcast dá mais um passo para compra da Fox

A Comcast anunciou, nesta quarta-feira, uma nova proposta para a aquisição da Twenty First Century Fox. A oferta de 35 dólares por ação superou a realizada pela Disney, de 52 bilhões de dólares pela companhia. Se aceita a oferta, a Comcast se tornará a maior produtora de conteúdo em vídeo do mundo, competindo com a plataforma Netflix e o Google. A oferta ocorreu após o Departamento de Justiça dos Estados Unidos aprovar a fusão da Time Warner com a empresa de telecomunicações ATT&T. A fusão é considerada elemento chave para a indústria da mídia poder competir com plataformas online, que produzem seu próprio conteúdo e o vendem diretamente aos consumidores, sem precisarem de empresas de TV paga.

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