Família de Amarildo decide internar viúva em clínica
Elizabete Gomes da Silva foi internada numa clínica de reabilitação para dependentes químicos após ter assumido que precisa de tratamento
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2013 às 17h51.
Rio - A família do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, de 42 anos, que, de acordo com inquérito, foi torturado e morto por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora ( UPP ) em 14 de julho, decidiu internar a mulher dele, Elizabete Gomes da Silva, de 47 anos, numa clínica de reabilitação para dependentes químicos. De acordo com o advogado da família, João Tancredo, Elizabete assumiu que precisa de tratamento, mas ainda resiste à internação.
Tancredo afirma que ela voltou a beber e usar drogas como maconha e cocaína um mês após o desaparecimento de Amarildo. No domingo, 10, a família optou pelo tratamento, mas evita a internação compulsória, uma vez que Elizabete não representa risco para ninguém. Os seis filhos aguardam o aval da mãe para iniciar a busca por uma clínica para o tratamento. "Desde o começo, a Bete e os filhos já sabiam como Amarildo tinha sido morto. Essa tragédia devastou a família. Bete trabalha todos os dias, mas nos momentos de folga usa drogas, exceto crack, que podem ser encontradas em qualquer esquina na Rocinha", afirmou o advogado da família.
O comando das UPPs confirmou que ainda há venda de drogas nas comunidades pacificadas, mas a Polícia Militar (PM) tenta reprimir o tráfico com ações constantes. P ajudante de pedreiro e a mulher tiveram seis filhos. No entanto, Emerson, de 20 anos, e Amarildo Júnior, 18, não têm o nome do pai nas certidões de nascimento. Os jovens entraram na Justiça com pedido de reconhecimento de paternidade e farão exames de DNA para comparar o sangue deles com o dos irmãos e acrescentar o sobrenome de Amarildo de Souza.
O casal e os filhos moravam numa casa de um cômodo que era dividida com outras nove pessoas. Porém, desde a morte do ajudante de pedreiro, Emerson e Amarildo Júnior moram com vizinhos. Anderson, de 21 anos, e os outros filhos, de 13, 10 e 6 anos, continuam morando com Elizabete. Na tentativa de ajudar a reestruturar a família, um grupo de artistas liderado pelo cantor Caetano Velloso e pela atriz Paula Lavigne conseguiram arrecadar R$ 60 mil - R$ 50 mil para compra de uma casa na Rocinha no nome dos filhos, mas com usufruto da mãe e R$ 10 mil para os móveis. "Parece que, finalmente, vamos conseguir levar todos para ficar juntos na mesma casa", disse Tancredo.
Indenização
Em outubro, a Justiça decidiu que o governo do Rio deveria pagar uma pensão mensal de um salário mínimo (678 reais) e tratamento psicológico para os seis filhos, a mulher, uma irmã e uma sobrinha de Amarildo de Souza, no valor de 300 reais, por sessão. O advogado chegou a pedir a prisão do secretário de Planejamento e Gestão do Estado Rio, Sérgio Ruy Barbosa, por descumprimento de ordem judicial, mas a família ainda aguarda a resposta do governos do Estado sobre o pedido de indenização.
Dos 25 policiais militares denunciados no caso Amarildo, 13, incluindo o comandante da UPP da Rocinha, major Edson Santos, e o subcomandante, tenente Luís Felipe de Medeiros, estão presos. Na quarta-feira, 6, o atual coordenador das UPPs, coronel Frederico Caldas, pediu desculpas à família do ajudante, em nome da PM, pela morte dele, surpreendendo até mesmo a viúva.
Rio - A família do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, de 42 anos, que, de acordo com inquérito, foi torturado e morto por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora ( UPP ) em 14 de julho, decidiu internar a mulher dele, Elizabete Gomes da Silva, de 47 anos, numa clínica de reabilitação para dependentes químicos. De acordo com o advogado da família, João Tancredo, Elizabete assumiu que precisa de tratamento, mas ainda resiste à internação.
Tancredo afirma que ela voltou a beber e usar drogas como maconha e cocaína um mês após o desaparecimento de Amarildo. No domingo, 10, a família optou pelo tratamento, mas evita a internação compulsória, uma vez que Elizabete não representa risco para ninguém. Os seis filhos aguardam o aval da mãe para iniciar a busca por uma clínica para o tratamento. "Desde o começo, a Bete e os filhos já sabiam como Amarildo tinha sido morto. Essa tragédia devastou a família. Bete trabalha todos os dias, mas nos momentos de folga usa drogas, exceto crack, que podem ser encontradas em qualquer esquina na Rocinha", afirmou o advogado da família.
O comando das UPPs confirmou que ainda há venda de drogas nas comunidades pacificadas, mas a Polícia Militar (PM) tenta reprimir o tráfico com ações constantes. P ajudante de pedreiro e a mulher tiveram seis filhos. No entanto, Emerson, de 20 anos, e Amarildo Júnior, 18, não têm o nome do pai nas certidões de nascimento. Os jovens entraram na Justiça com pedido de reconhecimento de paternidade e farão exames de DNA para comparar o sangue deles com o dos irmãos e acrescentar o sobrenome de Amarildo de Souza.
O casal e os filhos moravam numa casa de um cômodo que era dividida com outras nove pessoas. Porém, desde a morte do ajudante de pedreiro, Emerson e Amarildo Júnior moram com vizinhos. Anderson, de 21 anos, e os outros filhos, de 13, 10 e 6 anos, continuam morando com Elizabete. Na tentativa de ajudar a reestruturar a família, um grupo de artistas liderado pelo cantor Caetano Velloso e pela atriz Paula Lavigne conseguiram arrecadar R$ 60 mil - R$ 50 mil para compra de uma casa na Rocinha no nome dos filhos, mas com usufruto da mãe e R$ 10 mil para os móveis. "Parece que, finalmente, vamos conseguir levar todos para ficar juntos na mesma casa", disse Tancredo.
Indenização
Em outubro, a Justiça decidiu que o governo do Rio deveria pagar uma pensão mensal de um salário mínimo (678 reais) e tratamento psicológico para os seis filhos, a mulher, uma irmã e uma sobrinha de Amarildo de Souza, no valor de 300 reais, por sessão. O advogado chegou a pedir a prisão do secretário de Planejamento e Gestão do Estado Rio, Sérgio Ruy Barbosa, por descumprimento de ordem judicial, mas a família ainda aguarda a resposta do governos do Estado sobre o pedido de indenização.
Dos 25 policiais militares denunciados no caso Amarildo, 13, incluindo o comandante da UPP da Rocinha, major Edson Santos, e o subcomandante, tenente Luís Felipe de Medeiros, estão presos. Na quarta-feira, 6, o atual coordenador das UPPs, coronel Frederico Caldas, pediu desculpas à família do ajudante, em nome da PM, pela morte dele, surpreendendo até mesmo a viúva.