Brasil

Faltam pelo menos 40 votos para aprovar a reforma da Previdência

ÀS SETE - São necessários 308 deputados favoráveis em dois turnos para que a PEC seja aprovada na Câmara dos Deputados

Temer e Meirelles: governo quer 320 votos como margem de segurança, mas hoje tem 280, segundo suas próprias contas (Adriano Machado/ Reuters/Reuters)

Temer e Meirelles: governo quer 320 votos como margem de segurança, mas hoje tem 280, segundo suas próprias contas (Adriano Machado/ Reuters/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2017 às 06h40.

Última atualização em 6 de dezembro de 2017 às 07h18.

Assim como aconteceu no domingo, o presidente Michel Temer convocou para esta quarta-feira nova reunião para contar as migalhas da reforma da Previdência.

A previsão era de que o texto suavizado da proposta de emenda à Constituição que altera as regras da aposentadoria fosse ao Plenário, mas não houve consenso na base aliada que desse mínimo de votos esperado pelo governo.

Às Sete – um guia rápido para começar seu dia

Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:

São necessários 308 deputados favoráveis em dois turnos para que a PEC seja aprovada na Câmara dos Deputados. O governo quer 320 como margem de segurança, mas hoje tem 280, segundo suas próprias contas.

Nas reuniões de hoje, haverá um novo cálculo, ainda que nada indique que o panorama tenha melhorado – exceto pelas declarações dos próprios ministros palacianos.

“Cresceu muito a probabilidade de a gente aprovar. Nós estamos avaliando, é claro que não se tem facilidade, mas cresceu muito”, disse Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil. “Se os sete partidos [da base] fecharem questão, seguramente nós teremos do PSDB uma posição também favorável”.

O governador paulista Geraldo Alckmin embarcou no discurso, dizendo que seu apoio é integral à reforma da Previdência, sugerindo discretamente que defende fechamento de questão pelo PSDB. Pesa contra a entrevista de Henrique Meirelles ao jornal Folha de S. Paulo, que disse que o PSDB não apoia integralmente as políticas econômicas do governo.

O ministro da Fazenda chamuscou o tucanato e provocou reações, inclusive do líder da bancada, Ricardo Tripoli (SP). “É um desrespeito dele com a bancada federal, que ajudou tanto o governo até agora”, disse o deputado.

Pesquisa da consultoria política Arko Advice com 218 deputados federais, de 24 partidos, mostra que 57,8% não acreditam que a reforma da Previdência saia na gestão do presidente Michel Temer.

A Arko fez a mesma pesquisa em outubro e a descrença era de 78,7%. No geral, a consultoria vê 45% de chances de que a reforma seja aprovada antes de 2019. Faltam 17 dias para o início do recesso parlamentar.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteCâmara dos DeputadosExame HojeGoverno TemerMichel TemerReforma da Previdência

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso