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Falta de planejamento altera principais eventos do papa

Lamaçal obrigou a mudança do encerramento da Jornada Mundial da Juventude do Campus Fidei para Copacabana

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2013 às 10h40.

Rio de Janeiro - O lamaçal em que se transformou o Campus Fidei, área onde ocorreriam a vigília e a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude em Guaratiba, zona oeste do Rio, levou organizadores e a prefeitura a transferir os eventos para Copacabana, bairro da zona sul que já recebeu as primeiras cerimônias da JMJ.

A mudança obriga a prefeitura a reorganizar as estruturas de transporte, segurança e atendimento médico, e aumenta as dúvidas sobre a capacidade do Rio para organizar grandes eventos.

Foi o terceiro contratempo enfrentado pela organização da Jornada desde que o papa chegou à cidade. Primeiro, houve erro de trajeto, que deixou o pontífice preso em um congestionamento, na segunda-feira, 22. No dia seguinte, a pane no metrô e a superlotação do transporte público dificultaram o deslocamento dos peregrinos que foram a Copacabana.

Por causa da mudança anunciada nessa quinta, 25, foram descartadas duas etapas da programação: a peregrinação (uma caminhada de 13 km para chegar ao Campus Fidei) e a vigília que duraria a noite inteira, entre o sábado e o domingo.

Agora, a programação será interrompida no sábado, após a Vigília de Oração com o papa Francisco (que vai das 19h30 às 23h) e retomada às 10h de domingo, quando o pontífice vai celebrar a missa de encerramento. Por questões de segurança, será pedido aos fiéis que não passem a noite na rua ou na praia. As cerimônias ocorrerão no mesmo palco onde Francisco esteve na quinta.

Embora a região de Guaratiba seja constantemente úmida e sujeita a alagamentos, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), não considerou um erro a escolha do local.


Ele ressaltou não ter "problemas em admitir nossos erros (citando as falhas no trajeto do papa e no sistema de transporte)" e citou a imprevisibilidade do clima, dizendo que, neste período do ano, o principal problema da cidade costuma ser a seca.

Os organizadores da JMJ admitiram que não estavam preparados para a chuva. Márcio Queiroz, porta-voz da Jornada, reconheceu que as obras em Guaratiba não previam "o pior cenário". "São questões climáticas que fogem da previsão."

Dom Paulo Cesar Costa, bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio, admitiu que a mudança na programação frustrou o papa Francisco. "É uma dor muito grande (transferir o evento de Guaratiba), por todo o trabalho que fizemos por lá", disse. Mas, ao saber dos problemas, "o papa apoiou a mudança", segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.

Prejuízo

A organização não sabe quanto foi gasto para preparar o Campus Fidei. "Mas não existe no mundo dinheiro que pague a vida das pessoas", declarou Queiroz. O terreno do Campus Fidei tem 1,3 milhão de m² e foi cedido gratuitamente por seus donos, entre eles Jacob Barata Filho, dono de empresas de ônibus.

Em troca, os donos se beneficiaram com obras de terraplanagem e de infraestrutura feitas no entorno. Paes afirmou, porém, que o único gasto da prefeitura foi com a dragagem dos rios de Guaratiba.

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Rio de Janeiro - O lamaçal em que se transformou o Campus Fidei, área onde ocorreriam a vigília e a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude em Guaratiba, zona oeste do Rio, levou organizadores e a prefeitura a transferir os eventos para Copacabana, bairro da zona sul que já recebeu as primeiras cerimônias da JMJ.

A mudança obriga a prefeitura a reorganizar as estruturas de transporte, segurança e atendimento médico, e aumenta as dúvidas sobre a capacidade do Rio para organizar grandes eventos.

Foi o terceiro contratempo enfrentado pela organização da Jornada desde que o papa chegou à cidade. Primeiro, houve erro de trajeto, que deixou o pontífice preso em um congestionamento, na segunda-feira, 22. No dia seguinte, a pane no metrô e a superlotação do transporte público dificultaram o deslocamento dos peregrinos que foram a Copacabana.

Por causa da mudança anunciada nessa quinta, 25, foram descartadas duas etapas da programação: a peregrinação (uma caminhada de 13 km para chegar ao Campus Fidei) e a vigília que duraria a noite inteira, entre o sábado e o domingo.

Agora, a programação será interrompida no sábado, após a Vigília de Oração com o papa Francisco (que vai das 19h30 às 23h) e retomada às 10h de domingo, quando o pontífice vai celebrar a missa de encerramento. Por questões de segurança, será pedido aos fiéis que não passem a noite na rua ou na praia. As cerimônias ocorrerão no mesmo palco onde Francisco esteve na quinta.

Embora a região de Guaratiba seja constantemente úmida e sujeita a alagamentos, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), não considerou um erro a escolha do local.


Ele ressaltou não ter "problemas em admitir nossos erros (citando as falhas no trajeto do papa e no sistema de transporte)" e citou a imprevisibilidade do clima, dizendo que, neste período do ano, o principal problema da cidade costuma ser a seca.

Os organizadores da JMJ admitiram que não estavam preparados para a chuva. Márcio Queiroz, porta-voz da Jornada, reconheceu que as obras em Guaratiba não previam "o pior cenário". "São questões climáticas que fogem da previsão."

Dom Paulo Cesar Costa, bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio, admitiu que a mudança na programação frustrou o papa Francisco. "É uma dor muito grande (transferir o evento de Guaratiba), por todo o trabalho que fizemos por lá", disse. Mas, ao saber dos problemas, "o papa apoiou a mudança", segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.

Prejuízo

A organização não sabe quanto foi gasto para preparar o Campus Fidei. "Mas não existe no mundo dinheiro que pague a vida das pessoas", declarou Queiroz. O terreno do Campus Fidei tem 1,3 milhão de m² e foi cedido gratuitamente por seus donos, entre eles Jacob Barata Filho, dono de empresas de ônibus.

Em troca, os donos se beneficiaram com obras de terraplanagem e de infraestrutura feitas no entorno. Paes afirmou, porém, que o único gasto da prefeitura foi com a dragagem dos rios de Guaratiba.

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