Fachin: foram enviados ao Supremo 83 pedidos de abertura de inquérito (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de março de 2017 às 16h04.
Última atualização em 15 de março de 2017 às 16h21.
Brasília - Um dia depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviar 320 pedidos com base nas delações premiadas de 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Corte, Edson Fachin, disse nesta quarta-feira, 15, que ainda não recebeu o material encaminhado por Janot.
"Não, ainda não", respondeu Fachin a jornalistas, ao chegar para a sessão plenária desta quarta-feira, 15.
Indagado se tinha alguma previsão para analisar os pedidos de Janot, Fachin sorriu. "Por ora, estou indo à sessão. Falaremos depois, está bom?", disse o ministro.
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o relator da Lava Jato no STF pode levar até 10 dias para avaliar os pedidos feitos pelo procurador-geral da República.
Foram enviados ao Supremo 83 pedidos de abertura de inquérito. Ficarão a cargo da PGR investigações que devem tramitar no STF e também no Superior Tribunal de Justiça (STJ) - a este último serão encaminhadas investigações envolvendo governadores de Estado.
Também foram solicitados 211 declínios de competência para outras instâncias da Justiça, nos casos que envolvem pessoas sem prerrogativa de foro, além de sete arquivamentos e 19 outras providências.
Antes de entrar no elevador rumo ao plenário da Corte, Fachin foi questionado se o Brasil sobreviveria à delação da Odebrecht. O ministro levantou as mãos, mas não respondeu.
Os pedidos de Janot começaram a ser autuados no sistema do STF nessa terça-feira, 14.