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Exército subirá morro no Rio sem prazo para sair

Militares exercerão as funções de patrulhamento, revista e prisão em flagrante, mas não poderão entrar nas casas

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2010 às 08h59.

ão Paulo - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, autorizou a atuação sem prazo definido das Forças Armadas na pacificação das favelas do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Diferentemente da 1.ª etapa, uma força de paz, formada com as polícias estaduais, ficará sob comando dos militares, que entrarão nas comunidades.

“É importante deixar claro que o comando desta força de pacificação é do Exército. Os efetivos estaduais civis e militares terão seus comandantes intermediários, que estarão submetidos ao comando militar”, disse Jobim, após reunião de mais de duas horas com o governador Sérgio Cabral, o secretário da Segurança, José Mariano Beltrame, e representantes das Forças Armadas, ontem.

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Jobim destacou que os militares exercerão as funções de patrulhamento, revista e prisão em flagrante, mas não poderão entrar nas casas. As Polícias Civil e Militar, além dessas funções, ficarão responsáveis por fazer buscas e apreensões.

O governador havia solicitado o apoio até a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Alemão, em julho, mas o ministro preferiu não definir prazo para a permanência das tropas - que pode até ser estendido, como o Estado adiantou na quarta-feira. Segundo Jobim, mensalmente o comandante da força de paz, que será designado pelo general Adriano Pereira, chefe do Comando Militar do Leste, fará avaliações sobre a continuidade das operações. Tanto o ministro como o governador receberão também informes diários sobre a atuação das forças.

Ainda não há definições sobre a data de início da atuação da força de paz e o número de homens envolvidos, mas o governador prometeu decisões rápidas. “Não é coisa de semanas”, disse.

Sobre a ocupação da Favela da Rocinha, na zona sul, Cabral afirmou que ainda não há data para a operação. “Temos a ambição de fazer a retomada desses territórios, mas nunca definimos prazo.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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