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Executiva do PSD apoia intervenção de Kassab em MG

Reunidos em Brasília para tratar de eleições municipais, todos os dirigentes do PSD, à exceção da senadora, apoiaram a intervenção de Kassab

Nota da prefeitura diz que licitação ainda não foi concluída (Prefeitura de SP/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 11h47.

Brasília - O presidente nacional do PSD e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, derrotou a senadora Katia Abreu (PSD-TO) nesta terça, na executiva nacional do partido, por um placar de 14 a 1. Reunidos em Brasília para tratar de eleições municipais, todos os dirigentes do PSD, à exceção da senadora, apoiaram a intervenção de Kassab no diretório municipal de Belo Horizonte.

A despeito do apoio maciço do conjunto da direção, a queda de braço entre o presidente do PSD e sua primeira vice ainda não terminou. Caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dar a palavra final sobre a legalidade da "operação BH", comandada por Kassab para atender à presidente Dilma Rousseff.

A pedido do Palácio do Planalto, o prefeito paulistano desmontou a aliança local com o PSB e o PSDB para apoiar o PT do ex-ministro Patrus Ananias na corrida pela prefeitura da capital mineira. Os dirigentes do partido que referendaram a ação de Kassab nesta terça não foram previamente consultados, embora o estatuto do partido diga que compete à comissão executiva nacional, e não ao presidente da legenda, decretar intervenção.


É precisamente este o motivo da revolta da senadora. Participantes da reunião relatam que ela não passou do tom nas críticas ao presidente nem fez qualquer ameaça de deixar a legenda caso contrariada, mas foi "altiva e firme" no registro do seu inconformismo. "Tem coisas que todos temos que obedecer: a Constituição Federal e o estatuto, que é a lei do partido", defendeu Katia, sem contudo sensibilizar os demais dirigentes.

O prefeito deu a palavra ao advogado do partido, Admar Gonzaga, que fez a defesa jurídica da ação do presidente. Disse que não houve intervenção porque uma comissão provisória, como a de Belo Horizonte, pode ser dissolvida a qualquer tempo. Em seguida, Kassab argumentou que sua decisão foi política e absolutamente necessária, porque Minas Gerais é uma questão de relevância nacional e que o PSD não podia ficar a reboque do PSDB do senador Aécio Neves (MG).

"Depois que o PSDB foi de toga ao Supremo, defender a posição de que nosso partido não podia ter direito aos recursos do fundo partidário e ao tempo de televisão, não podíamos ficar neutros na briga que se estabeleceu lá. Tínhamos que tomar a posição que tomamos", justificou, destacando que não era possível ver Aécio "dar uma rasteira no PT" e cruzar os braços. "Seria uma ingratidão", acredita o prefeito.

"O racha ficou evidente e não há por que negar", admitiu ao final da reunião o secretário geral da legenda, Saulo Queiroz. Mas ele está convencido de que, independentemente da decisão final do TSE, que dirá quem tem razão, o gesto de Kassab foi importante e já produziu efeito positivo: "Mostrou que o PSD não é linha auxiliar de Aécio em Minas Gerais".

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Brasília - O presidente nacional do PSD e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, derrotou a senadora Katia Abreu (PSD-TO) nesta terça, na executiva nacional do partido, por um placar de 14 a 1. Reunidos em Brasília para tratar de eleições municipais, todos os dirigentes do PSD, à exceção da senadora, apoiaram a intervenção de Kassab no diretório municipal de Belo Horizonte.

A despeito do apoio maciço do conjunto da direção, a queda de braço entre o presidente do PSD e sua primeira vice ainda não terminou. Caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dar a palavra final sobre a legalidade da "operação BH", comandada por Kassab para atender à presidente Dilma Rousseff.

A pedido do Palácio do Planalto, o prefeito paulistano desmontou a aliança local com o PSB e o PSDB para apoiar o PT do ex-ministro Patrus Ananias na corrida pela prefeitura da capital mineira. Os dirigentes do partido que referendaram a ação de Kassab nesta terça não foram previamente consultados, embora o estatuto do partido diga que compete à comissão executiva nacional, e não ao presidente da legenda, decretar intervenção.


É precisamente este o motivo da revolta da senadora. Participantes da reunião relatam que ela não passou do tom nas críticas ao presidente nem fez qualquer ameaça de deixar a legenda caso contrariada, mas foi "altiva e firme" no registro do seu inconformismo. "Tem coisas que todos temos que obedecer: a Constituição Federal e o estatuto, que é a lei do partido", defendeu Katia, sem contudo sensibilizar os demais dirigentes.

O prefeito deu a palavra ao advogado do partido, Admar Gonzaga, que fez a defesa jurídica da ação do presidente. Disse que não houve intervenção porque uma comissão provisória, como a de Belo Horizonte, pode ser dissolvida a qualquer tempo. Em seguida, Kassab argumentou que sua decisão foi política e absolutamente necessária, porque Minas Gerais é uma questão de relevância nacional e que o PSD não podia ficar a reboque do PSDB do senador Aécio Neves (MG).

"Depois que o PSDB foi de toga ao Supremo, defender a posição de que nosso partido não podia ter direito aos recursos do fundo partidário e ao tempo de televisão, não podíamos ficar neutros na briga que se estabeleceu lá. Tínhamos que tomar a posição que tomamos", justificou, destacando que não era possível ver Aécio "dar uma rasteira no PT" e cruzar os braços. "Seria uma ingratidão", acredita o prefeito.

"O racha ficou evidente e não há por que negar", admitiu ao final da reunião o secretário geral da legenda, Saulo Queiroz. Mas ele está convencido de que, independentemente da decisão final do TSE, que dirá quem tem razão, o gesto de Kassab foi importante e já produziu efeito positivo: "Mostrou que o PSD não é linha auxiliar de Aécio em Minas Gerais".

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