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Exame preliminar não vê malignidade no tumor de Jefferson

De acordo com boletim médico do hospital, a operação transcorreu dentro do previsto, sem qualquer intercorrência

Roberto Jefferson do PTB: político responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (José Cruz/Agência Brasil)

Roberto Jefferson do PTB: político responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2012 às 16h47.

São Paulo - O presidente do PTB, Roberto Jefferson, 59 anos, passou por uma cirurgia de oito horas neste sábado para a retirada de um tumor no pâncreas, e os exames preliminares mostraram que "não há sinais de malignidade" no material recolhido.

Segundo os médicos do Hospital Samaritano do Rio de Janeiro, onde foi feita a cirurgia, um diagnóstico conclusivo vai exigir outros exames.

De acordo com boletim médico do hospital, a operação transcorreu dentro do previsto, sem qualquer intercorrência, mas o procedimento teve uma complexidade acima do usual, por conta de uma cirurgia bariátrica prévia do paciente.

"A cirurgia realizada foi uma gastroduodenopancreatectomia cefálica (retirada de parte do estômago, parte do pâncreas, duodeno e parte do canal biliar). Além disso, os médicos retiraram os lifonodos regionais (glânglios linfáticos)", afirmou a nota do hospital.

O Samaritano afirmou que o resultado preliminar do material cirúrgico, realizado pelo patologista Wilhermo Torres, foi de tumor papilar mucinoso ductal, com displasia de baixo grau.

"Isso quer dizer que neste exame inicial não há sinais de malignidade. Será necessário aguardar o resultado definitivo da análise do material e o exame imuno-histoquímico para a conclusão do diagnóstico." Jefferson é um dos principais alvos do processo que julga os acusados de envolvimento no chamado mensalão.

O político responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi o delator do suposto esquema em junho de 2005, quando disse em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, pagaria uma "mesada" a parlamentares em troca de apoio político ao governo no Congresso.

O julgamento dos 38 réus no processo do mensalão está programado para começar no dia 2 de agosto no Supremo Tribunal Federal.

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