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Ex-tesoureiro do PT pede a Moro para depor outra vez

Paulo Ferreira foi preso em junho de 2016, acusado do recebimento de propinas nas obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras

Paulo Ferreira: o petista admitiu prática de ilícitos nas campanhas eleitorais (Nilson Bastian/Agência Câmara)

Paulo Ferreira: o petista admitiu prática de ilícitos nas campanhas eleitorais (Nilson Bastian/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de junho de 2017 às 19h19.

São Paulo - O ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira pediu ao juiz federal Sérgio Moro para ser interrogado de novo em ação penal na Operação Lava Jato.

Em petição a Moro, a defesa de Ferreira requereu nova audiência para o petista, com base no artigo 196 do Código de Processo Penal.

Moro decidiu. "A presente ação penal está tendo o seu encerramento prolongado por sucessivos pedidos de novos interrogatórios, o que não é muito adequado. De todo o modo, a bem da ampla defesa, defiro excepcionalmente o requerido, advertindo porém que será a última audiência, designo a data de 19 de julho de 2017, às 14. Caso algum outro acusado pretenda ser interrogado, deverá comparecer na referida data e horário. Fica a defesa de Paulo Ferreira encarregada de apresentar seu cliente."

Ferreira foi preso em junho de 2016 na Operação Abismo, 31.º desdobramento da Lava Jato - neste caso, além do ex-tesoureiro, outros treze investigados são réus.

O petista é acusado do recebimento de propinas nas obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes).

Ele foi solto seis meses depois, assim que, em depoimento a Moro, admitiu prática de ilícitos nas campanhas eleitorais.

"Negar informalidades nos processos eleitorais brasileiros de todos os partidos é, na minha opinião, negar o óbvio", declarou Paulo Ferreira, na ocasião.

Moro perguntou. "Inclusive no Partido dos Trabalhadores, na sua campanha?"

"Exatamente", admitiu Ferreira, terceiro ex-tesoureiro do PT envolvido na Lava Jato - antes dele, caíram na malha fina da grande investigação João Vaccari Neto e Delúbio Soares.

Agora, Paulo Ferreira quer depor outra vez.

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