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Ex-presidente do governo da Espanha defende Lula como candidato

Felipe González disse que retirada do petista das eleições deixa parte dos cidadãos do país em "orfandade representativa"

Gonzáles: "Para o sistema democrático a ausência do ex-presidente como candidato é um problema de grande entidade e transcendência" (Paulo Whitaker/Reuters)
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EFE

Publicado em 11 de abril de 2018 às 17h07.

Última atualização em 11 de abril de 2018 às 17h10.

O ex-presidente do governo da Espanha, Felipe González, divulgou um comunicado nesta quarta-feira no qual considera que, enquanto não houver uma sentença firme, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria poder ser candidato à presidência.

González acredita que impedir a participação de Lula nas eleições poderia dificultar a superação da crise política e que sua exclusão deixa parte dos cidadãos do país em "orfandade representativa".

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O ex-chefe socialista do Executivo espanhol ressaltou também que Lula é seu amigo e, em um momento de dificuldade como este, deseja destacar essa condição.

"Com o máximo respeito ao funcionamento da Justiça brasileira, para o sistema democrático a ausência do ex-presidente como candidato é um problema de grande entidade e transcendência, acrescentou González no comunicado.

Na nota o político espanhol também afirma que "Lula nunca questionou o sistema constitucional no Brasil. Pelo contrário, a alternância representada por seu triunfo eleitoral e seus dois mandatos presidenciais reforçaram o sistema ".

González, que explica que acompanhou também em 2016 com grave preocupação os eventos que levaram à destituição de Dilma Rousseff, frisa que o Brasil é um país-chave para América Latina e para a comunidade de países emergentes com um papel crescente na ordem mundial.

"Devemos esperar que supere sua crise política para que volte a exercer o papel que lhe corresponde", conclui González.

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