Othon da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear: Othon Luiz, preso desde 28 de julho, teria recebido R$ 4,5 milhões em propinas nas obras de Angra 3 (Agência Câmara)
Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2015 às 15h43.
São Paulo - A Procuradoria da República denunciou o ex-presidente da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, e mais 13 alvos da Operação Radioatividade - desdobramento da Lava Jato - pelos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro nesta terça-feira, 1.
Othon Luiz, preso desde 28 de julho, teria recebido R$ 4,5 milhões em propinas nas obras de Angra 3.
Os pagamentos, segundo a força-tarefa da Lava Jato, foram realizados por empresas intermediárias para a Aratec Engenharia, controlada pelo almirante e por sua filha, Ana Cristina Toniolo, também denunciada. No processo, Othon e sua filha negam envolvimento em irregularidades.
Um dos denunciados é o executivo Flávio David Barra, presidente da Andrade Gutierrez Energia, e o delator, o empresário Victor Colavitti.
O empresário confessou que sua empresa Link Projetos e Participações foi usada como intermediária para repasse de ao menos R$ 765 mil, de 2010 a 2014, entre a empreiteira Engevix e a Aratec Engenharia.
Também foram denunciados os sócios José Antunes Sobrinho, Gerson Almada e Cristiano Kok, da Engevix.