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Ex-diretor da JBS depõe hoje na PF; Janot também é chamado

Ricardo Saud será ouvido no inquérito que apura irregularidades nas negociações do acordo de colaboração premiada dos executivos do grupo J&F

Polícia Federal: na mesma investigação de Saud, a PF chamou para depor o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot (Vagner Rosário/VEJA)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de janeiro de 2018 às 12h04.

O ex-diretor de Relações Institucionais da JBS Ricardo Saud presta depoimento na tarde desta quarta-feira, 10, na Polícia Federal em Brasília.

O executivo será ouvido no inquérito que apura possíveis irregularidades nas negociações do acordo de colaboração premiada dos executivos do grupo J&F , controlador da JBS.

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Na mesma investigação, a PF chamou para depor o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot no próximo dia 12 de janeiro.

Saud está preso no Complexo Penitenciário da Papuda desde setembro de 2017. A prisão foi pedida por Janot após o empresário Joesley Batista entregar um áudio à PGR no qual abordava temas não revelados no acordo de colaboração.

Janot, por sua vez, confirma ter sido chamado para depor, mas diz não ter sido informado sobre se é investigado ou testemunha no inquérito.

Janot diz ter enviado uma resposta por escrito na qual explica a impossibilidade de comparecimento no dia 12 e questiona a condição na qual será ouvido.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a oitiva será na condição de testemunha, uma vez que o ex-procurador-geral não é investigado no caso.

Como integrante do Ministério Público, Janot pode sugerir data e local para seu depoimento, mas a decisão final é do Supremo Tribunal Federal (STF).

A apuração foi aberta após pedido da ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, e já foi parcialmente concluída. Um dos investigados é o ex-procurador Marcelo Miller, suspeito de atuar para a JBS enquanto ainda era integrante do MPF.

A PF já concluiu parcialmente a investigação sobre o chamado Caso JBS e descartou a ocorrência de crimes envolvendo as citações a ministros do STF. Em dezembro, o diretor-geral da PF, Fernando Segovia, se reuniu com a presidente do STF para falar sobre o caso.

Depois da audiência com Cármen Lucia, Segovia afirmou que o relatório é "parcial" e que a ministra é quem deve tornar públicas as conclusões da investigação.

"As conclusões da investigação parcial estão nas mãos da ministra Cármen Lúcia e tão logo haja uma análise ela deverá expor ao público quais são essas conclusões", afirmou.

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