Acompanhe:

EUA rechaçam tese de "golpe" no Brasil

Representante dos Estados Unidos na OEA disse que não há "golpe branco" no Brasil e que processo de impeachment respeita a Constituição

Modo escuro

Continua após a publicidade

	OEA: representante dos Estados Unidos na OEA disse que não há "golpe branco" no Brasil
 (Cris Bouroncle/AFP)

OEA: representante dos Estados Unidos na OEA disse que não há "golpe branco" no Brasil (Cris Bouroncle/AFP)

C
Cláudia Trevisan

Publicado em 19 de maio de 2016 às, 08h39.

Washington - Na mais enfática manifestação dos Estados Unidos sobre a crise política no Brasil até agora, o representante do país na Organização dos Estados Americanos (OEA), Michael Fitzpatrick, disse nesta quarta-feira, 18, que não há "golpe branco" e que o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff ocorre em respeito às instituições e à Constituição brasileiras.

As autoridades americanas vinham adotando um tom cauteloso em suas manifestações sobre a crise política no Brasil, tratando a questão como um assunto interno. Na quarta, Fitzpatrick expôs uma posição mais clara e direta sobre o tema.

"Há um evidente respeito às instituições democráticas, uma clara separação de Poderes, rege o Estado de Direito e há uma solução pacífica de disputas", declarou o representante americano durante reunião do Conselho Permanente da OEA. "Nada disso parece existir na Venezuela hoje e essa é a preocupação."

A situação do Brasil foi levantada pelo Paraguai, que foi suspenso do Mercosul em 2012 em razão do impeachment do então presidente Fernando Lugo.

Na OEA, o representante paraguaio defendeu a legitimidade do processo em curso no Senado e o direito do Brasil de resolver seus problemas domésticos sem ingerência externa.

A crítica ao impeachment coube à Venezuela e à Bolívia, países que sustentam a tese de que o afastamento de Dilma representa um golpe - ambos fizeram declarações nesse sentido, rechaçadas pelo Itamaraty, já sob a gestão José Serra.

Coisas diferentes

Depois da manifestação dos bolivarianos, o embaixador do Brasil na OEA, José Luiz Machado e Costa, afirmou que o processo se desenvolve em respeito às normas constitucionais e às instituições do País.

O diplomata ressaltou que o Brasil considera inapropriada a ingerência em assuntos internos por parte de países que rejeitam a interferência internacional em suas próprios assuntos - uma referência indireta à Venezuela.

Fitzpatrick pediu a palavra em seguida, manifestou apoio à posição de Machado e Costa e afirmou não ver golpe "de nenhum tipo" no Brasil.

O representante dos EUA disse estranhar que as mais enfáticas críticas ao processo brasileiro venham de Caracas, onde manifestantes são reprimidos com gás lacrimogêneo e há opositores presos pelo governo local.

Foi a primeira vez em que a situação do Brasil foi discutida na OEA. O secretário-geral da entidade, Luis Almagro, criticou publicamente o processo de impeachment antes do afastamento de Dilma ser aprovado pelo Senado, na semana passada.

Sua posição, porém, não refletia debates ou deliberações dos países que integram a organização.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimas Notícias

Ver mais
Biden e Trump fazem campanha em Nova York
Mundo

Biden e Trump fazem campanha em Nova York

Há 6 horas

China processa EUA na OMC por políticas de subsídios discriminatórias para veículos elétricos
Mundo

China processa EUA na OMC por políticas de subsídios discriminatórias para veículos elétricos

Há 13 horas

PIB dos EUA cresce 3,4% no 4º trimestre de 2023, após revisão para cima
Economia

PIB dos EUA cresce 3,4% no 4º trimestre de 2023, após revisão para cima

Há 14 horas

Cidade de Baltimore, nos EUA, vai vender casas a US$ 1
Mundo

Cidade de Baltimore, nos EUA, vai vender casas a US$ 1

Há 17 horas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais