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EUA criticam barreiras comerciais do Brasil

Governo norte-americano fez a mais dura crítica até agora sobre a onda de medidas protecionistas no Brasil

Brasil foi o país onde as importações mais cresceram no mundo em 2010 (Justin Sullivan/Getty Images)

Brasil foi o país onde as importações mais cresceram no mundo em 2010 (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2011 às 08h15.

São Paulo - O governo de Barack Obama fez a mais dura crítica até agora sobre a onda de medidas protecionistas no Brasil e alertou que o governo de Dilma Rousseff terá de promover uma “mudança de atitude” se quiser fechar acordos comerciais.

As declarações foram feitas ontem pelo embaixador dos Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC), Michael Punke. Segundo ele, as últimas barreiras estabelecidas pelo Brasil são como enfiar “um pau nos olhos dos parceiros comerciais”.

O Brasil foi o país onde as importações mais cresceram no mundo em 2010, acima de 40%. A valorização do real e o crescimento do mercado doméstico têm sido os principais fatores desse avanço. Em resposta, o governo brasileiro adotou uma série de barreiras contra as importações em alguns setores, além de incentivar a produção local com regras de licitação pública favorecendo empresas nacionais.

Para Punke, essas medidas têm o potencial de bloquear as negociações da Rodada Doha da OMC. “O Brasil tem tomado uma série de medidas para elevar tarifas. Isso, para mim, é uma espécie de pau nos olhos dos parceiros comerciais, cria um ambiente mais difícil para as negociações que, claro, têm como meta reduzir tarifas.”

As críticas diretas ao protecionismo brasileiro se somam à já delicada relação comercial entre os dois países. O Brasil questiona as barreiras ao etanol e acaba de vencer uma disputa no comércio de suco de laranja. Mas, para o governo americano, sem uma nova posição do Brasil, não há como fechar a Rodada Doha que entra no décimo ano de negociações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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