Estudo revela impacto do descarte industrial em SP
Indústrias descartam ilegalmente cerca de dez milhões de litros por hora de efluentes industriais em mananciais dos municípios paulistas
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2014 às 20h06.
São Paulo - As indústrias localizadas na região metropolitana de São Paulo descartam ilegalmente, a cada hora, cerca de dez milhões de litros de efluentes industriais em mananciais (rios e lagos) dos municípios paulistas, com graves prejuízos ao meio ambiente e à saúde da população, revela estudo da Fundação Getúlio Vargas ( FGV ).
Isso equivale a dizer que, todo dia, dois lagos do Parque do Ibirapuera cheios de resíduos industriais tóxicos são lançados ilegalmente na natureza, sem tratamento adequado. O prejuízo causado por esse lançamento é comparável ao esgoto residencial não tratado gerado por 11,9 milhões de habitantes.
O estudo, inédito, foi realizado pelo Grupo de Economia da Infraestrutura e Soluções Ambientais, da FGV, coordenado por Gesner Oliveira, ex-presidente da Sabesp e professor da fundação. O levantamento foi apresentado nesta quinta-feira, 27, em seminário na FGV, que contou com a presença de vários especialistas e autoridades ligadas ao meio ambiente e empresas de saneamento.
Intitulado "Descarte ilegal de efluentes industriais na Região Metropolitana da São Paulo", o estudo faz um amplo diagnóstico da situação nos 39 municípios da região e propõe soluções para equacionar o problema, como fortalecimento da Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb), responsável pela fiscalização desse descarte ilegal, protocolo de cooperação entre a entidade ambiental paulista e sociedade civil, criação de uma selo de lançamento sustentável e atuação mais ativa do Ministério Público estadual - entre outras medidas.
"É paradoxal que na Região Metropolitana de São Paulo, onde o 'stress' hídrico é comparável à de algumas regiões do sertão nordestino, continuemos a poluir nossos mananciais com efluentes tão perigosos. Esse descarte obriga as concessionárias de saneamento a captarem água a mais de 80 km da capital a custos elevadíssimos. Equacionar essa questão certamente poderia reduzir o risco de desabastecimento de água na região", afirmou o professor Gesner Oliveira.
São Paulo - As indústrias localizadas na região metropolitana de São Paulo descartam ilegalmente, a cada hora, cerca de dez milhões de litros de efluentes industriais em mananciais (rios e lagos) dos municípios paulistas, com graves prejuízos ao meio ambiente e à saúde da população, revela estudo da Fundação Getúlio Vargas ( FGV ).
Isso equivale a dizer que, todo dia, dois lagos do Parque do Ibirapuera cheios de resíduos industriais tóxicos são lançados ilegalmente na natureza, sem tratamento adequado. O prejuízo causado por esse lançamento é comparável ao esgoto residencial não tratado gerado por 11,9 milhões de habitantes.
O estudo, inédito, foi realizado pelo Grupo de Economia da Infraestrutura e Soluções Ambientais, da FGV, coordenado por Gesner Oliveira, ex-presidente da Sabesp e professor da fundação. O levantamento foi apresentado nesta quinta-feira, 27, em seminário na FGV, que contou com a presença de vários especialistas e autoridades ligadas ao meio ambiente e empresas de saneamento.
Intitulado "Descarte ilegal de efluentes industriais na Região Metropolitana da São Paulo", o estudo faz um amplo diagnóstico da situação nos 39 municípios da região e propõe soluções para equacionar o problema, como fortalecimento da Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb), responsável pela fiscalização desse descarte ilegal, protocolo de cooperação entre a entidade ambiental paulista e sociedade civil, criação de uma selo de lançamento sustentável e atuação mais ativa do Ministério Público estadual - entre outras medidas.
"É paradoxal que na Região Metropolitana de São Paulo, onde o 'stress' hídrico é comparável à de algumas regiões do sertão nordestino, continuemos a poluir nossos mananciais com efluentes tão perigosos. Esse descarte obriga as concessionárias de saneamento a captarem água a mais de 80 km da capital a custos elevadíssimos. Equacionar essa questão certamente poderia reduzir o risco de desabastecimento de água na região", afirmou o professor Gesner Oliveira.