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Estudantes vaiam Lula e Haddad no ABC paulista

Haddad foi hostilizado duas vezes em eventos públicos nesta semana; Lula saiu em defesa de seu pré-candidato à Prefeitura de São Paulo

Lula se irritou com os estudantes que vaiaram Haddad e disse que "gritar é bom, mas ter responsabilidade é melhor" (Agência Brasil)

Lula se irritou com os estudantes que vaiaram Haddad e disse que "gritar é bom, mas ter responsabilidade é melhor" (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 19h22.

Santo André, SP - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu ontem em defesa do seu pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, ministro Fernando Haddad (Educação), que foi vaiado em cerimônia no ABC paulista. Foi a segunda vez nesta semana que Haddad foi hostilizado em evento público. Na quarta-feira, ele foi recebido com vaias em um evento na USP.

Lula, que também foi alvo ontem das vaias de cerca de 20 estudantes ligados ao PSOL e ao PSTU, participou ao lado de Haddad de comemoração dos cinco anos da Universidade Federal do ABC, em Santo André.

O ex-presidente chegou a perder a paciência com os estudantes. "Gritar é bom, mas ter responsabilidade é muito melhor", afirmou Lula, em cima de um palco em uma tenda no câmpus, onde havia para uma plateia de cerca de 500 pessoas.

Os estudantes protestavam pelo investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação. "Haddad, eu não me engano, 7% é proposta de tucano", gritavam para o ministro, que respondeu: "Infelizmente, a direita conservadora conta com o apoio da esquerda conservadora para evitar o progresso do nosso País".

Lula discursou minutos depois de Haddad e defendeu o ministro, nomeado por ele para a pasta da Educação em 2006. "Eu duvido que na história deste País um ministro da Educação tenha se dedicado 10% do que esse rapaz se dedicou", disse.

Haddad é o nome que Lula tem defendido em seu partido para disputar a Prefeitura da capital paulista no ano que vem. O ex-presidente avalia que o ministro, que foi professor universitário e é uma novidade eleitoral, teria mais condições de conseguir votos na classe média paulistana que resiste ao PT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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