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Estádios do RJ e de SP para a Copa têm problemas

Relatório que será divulgado nesta quarta-feira critica os estádios das duas maiores cidades do país, mas elogia o Mineirão

Projeto do estádio do Mineirão: elogios em relatório (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2011 às 15h46.

Brasília - Irregularidades no processo de licitação e comprometimento da cobertura são dois problemas da série que ameaça a entrega do estádio do Maracanã no prazo previsto para a Copa de 2014. A obra prevista para ser entregue em dezembro de 2012 tem o orçamento mais caro entre os estádios sede da Copa: a previsão inicial é que sejam gastos entre R$ 600 e R$ 620 milhões.

Mas esses valores podem ser ainda mais altos porque um estudo feito em janeiro pelo Comitê Organizador Local da Copa constatou que a cobertura do Maracanã estava tecnicamente comprometida, e que deveria ser refeita. Isso implicaria em um investimento adicional de R$ 200 milhões do governo do estado, num orçamento que já passou de R$ 600 milhões para R$ 705 milhões, devido a alterações no projeto inicial para atender exigências da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

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Nos últimos dez anos o Maracanã já recebeu investimentos superiores a R$ 300 milhões, para os projetos de reforma para o Mundial Interclubes de 2000 e para os Jogos Pan-Americanos de 2007.

Apesar dos problemas de irregularidades no processo de licitação apontados pelo TCU, a obra não parou. O tribunal alega que não há projetos de engenharia suficientes para justificar os serviços contratados. Com isso, apenas 20% dos R$ 400 milhões financiados para a obra junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram liberados.

De acordo com o relatório a ser divulgado amanhã (2) pelo Portal 2014, a demolição da arquibancada inferior já terminou, e a da superior está em fase final. A expectativa é que todo o entulho seja retirado até o final de março, quando começará a construir as novas arquibancadas.

O documento do portal, ao qual a Agência Brasil teve acesso, aponta ainda que a Arena Corinthians – estádio cotado para a abertura do mundial em Itaquera, São Paulo – adiou de janeiro para abril o início das obras, sob a justificativa de que há impasses em relação ao financiamento.

Há também entraves de ordem burocrática: tubos da Petrobras cruzam o terreno e podem impedir o início das obras. O Corinthians tem recursos para construir uma arena com capacidade para 48 mil torcedores, segundo o relatório do Portal Copa 2014. Mas os R$ 200 milhões restantes para ampliar o estádio para 65 mil torcedores – mínimo exigido pela Fifa para a abertura – ainda estão indefinidos.

O Mineirão, estádio sede de Minas Gerais para a Copa, é, dos três da Região Sudeste, o que menos apresenta problemas, e deverá estar concluído em dezembro de 2012. Feita por meio de parceria público-privada, a obra começou em janeiro de 2010, com o reforço estrutural e correção de patologias. Essa fase foi concluída em junho do ano passado.

Iniciada em julho e concluída em dezembro, a segunda fase abrange a demolição do anel inferior de arquibancada e o rebaixamento do gramado. Atualmente, informa o portal, 70% da demolição programada para a área interna já foi executada. A próxima etapa compreende o início das demolições da parte externa, a execução de projetos de paisagismo e a supressão vegetal e serviços de terraplenagem.

As obras da terceira fase serão bancadas por um consórcio, que pretende tomar empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES. Estádio e entorno – o que inclui também obras de esplanada, estacionamento coberto e passarela ligando o estádio ao Ginásio Mineirinho – estão orçados em R$ 743,4 milhões.

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