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Estádios da Copa estão dentro do cronograma, mas custos sobem

Só a reforma do Maracanã vai custar mais de 1 bilhão de reais ao governo do Rio de Janeiro, num estádios que já tinha passado por reformas em 2000

Novas arquibancadas estão sendo instaladas, e as obras do sistema de drenagem do campo estão em fase de conclusão (Monitoramento/Ministério do Esporte)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2012 às 20h23.

Brasília - Cinco dos 12 estádios da Copa do Mundo de 2014 estão com mais de 50 por cento das obras concluídas a pouco mais de dois anos do início da competição, segundo levantamento do governo federal divulgado nesta terça-feira. Porto Alegre, com apenas 20 por cento das obras executadas, é a sede mais atrasada.

O andamento de todas as obras é considerado "dentro do cronograma de trabalho estabelecido" pelo governo federal, apesar dos problemas enfrentados pelo Beira-Rio, que teve as obras retomadas apenas no mês passado após nove meses de paralisação por um problema entre o Internacional, dono do estádio, e a construtora responsável.

Além da capital gaúcha, Natal é a outra cidade-sede com mais trabalho a fazer pela frente. A Arena das Dunas tem 20,56 por cento de suas obras realizadas e a previsão de conclusão é dezembro de 2013, apenas seis meses antes do início do Mundial.

Fortaleza (60,44 por cento), Belo Horizonte (55 por cento), Salvador (55 por cento) Brasília (54 por cento) e Curitiba (52 por cento) são as cidades que já concluíram ao menos metade das obras de reforma ou construção para a Copa de 2014, segundo dados fornecidos por autoridades das cidades ao governo federal.

O Maracanã, palco da final da Copa e que passa por uma reforma completa, está com 39 por cento da obra concluída, enquanto o estádio do Corinthians, que receberá o jogo de abertura do Mundial em São Paulo no dia 12 de junho de 2014, tem 30 por cento das obras executadas.


Se o governo considera as obras dos estádios dentro do cronograma -ao contrário do que se vê nas obras de infraestrutura-, o custo total das construções das arenas mais do que triplicou em relação a previsão inicial de 2007, quando o Brasil foi oficializado como sede.

A estimativa oficial atual de 6,7 bilhões de reais (3,68 bilhões de dólares) está bem acima dos 1,4 bilhão de euros (1,87 bilhão de dólares) gastos pela Alemanha em seus 12 estádios para a Copa de 2006 e é mais que o dobro que o 1,48 bilhão de dólares que a África do Sul gastou em 10 arenas dois anos atrás.

"Não entendo como um estádio no Brasil precisa custar 500 milhões de reais enquanto há exemplos de estádios construídos em outras partes do mundo com 40.000 ou 50.000 lugares que custaram menos da metade", disse Amir Somoggi, diretor da área de consultoria esportiva da BDO Brazil, uma empresa de auditoria.

Só a reforma do Maracanã vai custar mais de 1 bilhão de reais ao governo do Rio de Janeiro, num estádios que já tinha passado por reformas para o Mundial de Clubes da Fifa de 2000 e os Jogos Pan-Americanos de 2007.

A necessidade detectada somente durante as obras de construir uma nova cobertura para o estádio aumentou ainda mais os custos previstos para a reforma.

Outro problema é a utilização de alguns estádios após a Copa. Em Cuiabá, por exemplo, que não tem nenhum clube de expressão no futebol nacional, o novo estádio vai custar 520 milhões de reais para receber apenas quatro jogos da primeira fase da Copa.

Manaus está gastando mais de 533 milhões de reais numa nova arena, apesar de seu melhor clube estar apenas na quarta divisão do Campeonato Brasileiro.

As obras dos estádios tem financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com taxa de juros subsidiadas, de até 400 milhões de reais ou o limite de 75 por cento do valor total da arena. O restante do valor é de responsabilidade dos donos dos estádios - em nove deles os governos estaduais.

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O andamento de todas as obras é considerado "dentro do cronograma de trabalho estabelecido" pelo governo federal, apesar dos problemas enfrentados pelo Beira-Rio, que teve as obras retomadas apenas no mês passado após nove meses de paralisação por um problema entre o Internacional, dono do estádio, e a construtora responsável.

Além da capital gaúcha, Natal é a outra cidade-sede com mais trabalho a fazer pela frente. A Arena das Dunas tem 20,56 por cento de suas obras realizadas e a previsão de conclusão é dezembro de 2013, apenas seis meses antes do início do Mundial.

Fortaleza (60,44 por cento), Belo Horizonte (55 por cento), Salvador (55 por cento) Brasília (54 por cento) e Curitiba (52 por cento) são as cidades que já concluíram ao menos metade das obras de reforma ou construção para a Copa de 2014, segundo dados fornecidos por autoridades das cidades ao governo federal.

O Maracanã, palco da final da Copa e que passa por uma reforma completa, está com 39 por cento da obra concluída, enquanto o estádio do Corinthians, que receberá o jogo de abertura do Mundial em São Paulo no dia 12 de junho de 2014, tem 30 por cento das obras executadas.


Se o governo considera as obras dos estádios dentro do cronograma -ao contrário do que se vê nas obras de infraestrutura-, o custo total das construções das arenas mais do que triplicou em relação a previsão inicial de 2007, quando o Brasil foi oficializado como sede.

A estimativa oficial atual de 6,7 bilhões de reais (3,68 bilhões de dólares) está bem acima dos 1,4 bilhão de euros (1,87 bilhão de dólares) gastos pela Alemanha em seus 12 estádios para a Copa de 2006 e é mais que o dobro que o 1,48 bilhão de dólares que a África do Sul gastou em 10 arenas dois anos atrás.

"Não entendo como um estádio no Brasil precisa custar 500 milhões de reais enquanto há exemplos de estádios construídos em outras partes do mundo com 40.000 ou 50.000 lugares que custaram menos da metade", disse Amir Somoggi, diretor da área de consultoria esportiva da BDO Brazil, uma empresa de auditoria.

Só a reforma do Maracanã vai custar mais de 1 bilhão de reais ao governo do Rio de Janeiro, num estádios que já tinha passado por reformas para o Mundial de Clubes da Fifa de 2000 e os Jogos Pan-Americanos de 2007.

A necessidade detectada somente durante as obras de construir uma nova cobertura para o estádio aumentou ainda mais os custos previstos para a reforma.

Outro problema é a utilização de alguns estádios após a Copa. Em Cuiabá, por exemplo, que não tem nenhum clube de expressão no futebol nacional, o novo estádio vai custar 520 milhões de reais para receber apenas quatro jogos da primeira fase da Copa.

Manaus está gastando mais de 533 milhões de reais numa nova arena, apesar de seu melhor clube estar apenas na quarta divisão do Campeonato Brasileiro.

As obras dos estádios tem financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com taxa de juros subsidiadas, de até 400 milhões de reais ou o limite de 75 por cento do valor total da arena. O restante do valor é de responsabilidade dos donos dos estádios - em nove deles os governos estaduais.

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