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“Estabilidade extraordinária”; 20 bilhões….

Ficou para depois O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou nesta quarta-feira que a proposta de reforma trabalhista só vai sair no final de 2017. O anúncio adia previsões do governo de que o pacote seria enviado ao Congresso ainda neste ano. De acordo com o ministro, as atenções da cúpula de Temer estarão centradas […]

TEMER EM NY: uma agenda pragmática e comedida pode trazer benefícios para o país / Beto Barata/ PR

TEMER EM NY: uma agenda pragmática e comedida pode trazer benefícios para o país / Beto Barata/ PR

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2016 às 18h48.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h34.

Ficou para depois

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou nesta quarta-feira que a proposta de reforma trabalhista só vai sair no final de 2017. O anúncio adia previsões do governo de que o pacote seria enviado ao Congresso ainda neste ano. De acordo com o ministro, as atenções da cúpula de Temer estarão centradas na aprovação da PEC que limita o teto de gastos, para depois arredondar a proposta de reforma da Previdência. Ambas são vistas como soluções mais urgentes para a crise fiscal.

Sim ou não?

Faltou sintonia entre Michel Temer e Geddel Vieira Lima. Em entrevista coletiva em Nova York, o presidente refutou a opinião de seu articulador político e se disse contra a tentativa de manobra para anistiar caixa dois. “Pessoalmente, eu acho que não é bom, mas, quando chegar lá, quero esclarecer isso.” Na terça-feira, Geddel havia dito que o governo não havia sido consultado antes de a proposta ser pautada, mas “pessoalmente” era a favor. Temer aumentou, dizendo que a posição do ministro era “personalíssima”.

Extraordinário

Em encontro com empresários nos Estados Unidos, Michel Temer discursou para atrair investidores estrangeiros e cravou que no Brasil há ambiente de “estabilidade política extraordinária”. “No Brasil, hoje, nós temos uma estabilidade política extraordinária, por causa da relação política muito adequada entre o Executivo e o Legislativo. O que também dá segurança jurídica, porque nós temos alardeado que, lá no Brasil, o que for contratado será cumprido.” A 270 empresários, o presidente disse ainda que não teme a tomada de medidas impopulares para reavivar a economia e que o “brevíssimo” período de instabilidade política é coisa do passado.

20 bilhões

O jornal O Estado de S. Paulo revelou nesta quarta-feira um laudo da Polícia Federal mostrando que as seis empreiteiras acusadas de pagamento ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex e em pagamentos feitos ao instituto e por palestras deram prejuízo de 20 bilhões de reais à Petrobras de 2004 a 2014. São elas Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, UTC, Andrade Gutierrez e OAS. Segundo peritos do órgão, o valor engloba pagamentos diretos e indiretos. O laudo foi anexado à denúncia contra o petista, aceita na terça-feira pelo juiz federal Sergio Moro.

Merenda de São Paulo

O Tribunal de Contas do Estado, que tocava a auditoria da fraude da merenda escolar em São Paulo, decidiu enviar suas conclusões ao Tribunal de Contas da União. A corte chegou à conclusão de que cerca de 92% dos recursos das prefeituras paulistas envolvidos no esquema saíram do Tesouro federal — algo em torno de 7,8 milhões de reais em 2014 e 2015 —, e o TCU teria a competência adequada para tomar decisões. O esquema foi desvendado pela Operação Alba Branca e, segundo delatores, envolve grandes nomes do PSDB paulista, como assessores do governador Geraldo Alckmin e o presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez.

Operação Águas Claras

O presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, e o diretor financeiro, Sérgio Ribeiro Lins de Alvarenga, foram enquadrados pelo Ministério Público Federal por improbidade administrativa. No cargo desde 1988, Nunes é investigado por fraudes em licitações para a aquisição de materiais esportivos para a Olimpíada do Rio, em que 79% dos 1,56 milhão de reais foram pagos a uma empresa de fachada. Juntamente com eles, foram processados os coordenadores técnicos Ricardo de Moura e Ricardo Gomes Cabral, cinco empresas e seus sócios, que também são réus. A ação ainda solicita o bloqueio imediato de bens dos envolvidos no valor que chega a 4,53 milhões de reais.

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