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Espionagem macula imagem do Canadá, diz líder oposicionista

Comentário de Thomas Mulcair intensifica a pressão para que o primeiro-ministro Stephen Harper explique o caso

Thomas Mulcair, líder do partido Novos Democratas, durante conferência no parlamento, em Ottawa (Chris Wattie/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 19h19.

Ottawa - As suspeitas de que autoridades canadenses espionaram o ministério brasileiro de Minas e Energia abalam a reputação do Canadá no mundo, disse na quarta-feira o principal líder oposicionista do país, intensificando a pressão para que o primeiro-ministro Stephen Harper explique o caso.

Thomas Mulcair, líder do partido Novos Democratas, qualificou de "inaceitáveis" as denúncias surgidas na imprensa brasileira sobre as atividades da Instituição de Comunicações de Segurança do Canadá (CSEC, na sigla em inglês), órgão equivalente à Agência de Segurança Nacional dos EUA.

Harper, cujo Partido Conservador vai mal nas pesquisas, disse na terça-feira na Indonésia que está muito preocupado com a notícia.

"Espionar ativamente ministérios e companhias em outros países para dar vantagem a companhias canadenses é não só ilegal, é irresponsável, deixa o Canadá marcado no mundo", disse Mulcair em entrevista coletiva.

"Os conservadores simplesmente demonstraram que não têm limites éticos de qualquer tipo (...). Esse é um enorme erro", acrescentou ele, dizendo haver claros indícios de cumplicidade da CSEC com a espionagem industrial.

Johh Forster, diretor da CSEC, foi repetidamente pressionado na quarta-feira por jornalistas para confirmar ou desmentir as acusações de espionagem, mas não se pronunciou.

Ele disse numa conferência em Ottawa que tudo o que a CSEC faz é legal e minuciosamente fiscalizado por um comissário independente, nomeado pelo governo.

As acusações de espionagem azedaram as relações com o Brasil, importante parceiro comercial do Canadá. A presidente Dilma Rousseff exigiu na segunda-feira que o governo canadense preste explicações.

A reportagem do programa "Fantástico", da TV Globo, disse que o CSEC usou um software chamado Olympia para mapear as comunicações do ministério brasileiro, incluindo o tráfego de Internet, os emails e os telefonemas. A reportagem não deu detalhes sobre o conteúdo da espionagem, exceto por um slide apresentado em uma conferência de inteligência que citava o ministério.

Harper e seus assessores regressavam na quarta-feira da Indonésia para o Canadá e não puderam ser contatados. O ministro da Defesa, Rob Nicholson, que tem autoridade sobre a CSEC, disse que não poderia falar sobre questões de segurança nacional.

Há suspeitas de que o governo canadense poderia estar coletando informações no exterior para beneficiar suas empresas de mineração e energia. O governo conservador tem sido um forte defensor desses setores nacionais.

Citando documentos governamentais obtidos sob leis de acesso a informações, o jornal britânico Guardian disse na quarta-feira que a CSEC e outras autoridades canadenses de inteligência se reuniram duas vezes por ano desde 2005 com diversas empresas canadenses de energia.

O Ministério de Segurança Pública do Canadá confirmou que essas reuniões foram realizadas regularmente desde os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, mas se recusou a comentar sobre o que tinha sido discutido.

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Ottawa - As suspeitas de que autoridades canadenses espionaram o ministério brasileiro de Minas e Energia abalam a reputação do Canadá no mundo, disse na quarta-feira o principal líder oposicionista do país, intensificando a pressão para que o primeiro-ministro Stephen Harper explique o caso.

Thomas Mulcair, líder do partido Novos Democratas, qualificou de "inaceitáveis" as denúncias surgidas na imprensa brasileira sobre as atividades da Instituição de Comunicações de Segurança do Canadá (CSEC, na sigla em inglês), órgão equivalente à Agência de Segurança Nacional dos EUA.

Harper, cujo Partido Conservador vai mal nas pesquisas, disse na terça-feira na Indonésia que está muito preocupado com a notícia.

"Espionar ativamente ministérios e companhias em outros países para dar vantagem a companhias canadenses é não só ilegal, é irresponsável, deixa o Canadá marcado no mundo", disse Mulcair em entrevista coletiva.

"Os conservadores simplesmente demonstraram que não têm limites éticos de qualquer tipo (...). Esse é um enorme erro", acrescentou ele, dizendo haver claros indícios de cumplicidade da CSEC com a espionagem industrial.

Johh Forster, diretor da CSEC, foi repetidamente pressionado na quarta-feira por jornalistas para confirmar ou desmentir as acusações de espionagem, mas não se pronunciou.

Ele disse numa conferência em Ottawa que tudo o que a CSEC faz é legal e minuciosamente fiscalizado por um comissário independente, nomeado pelo governo.

As acusações de espionagem azedaram as relações com o Brasil, importante parceiro comercial do Canadá. A presidente Dilma Rousseff exigiu na segunda-feira que o governo canadense preste explicações.

A reportagem do programa "Fantástico", da TV Globo, disse que o CSEC usou um software chamado Olympia para mapear as comunicações do ministério brasileiro, incluindo o tráfego de Internet, os emails e os telefonemas. A reportagem não deu detalhes sobre o conteúdo da espionagem, exceto por um slide apresentado em uma conferência de inteligência que citava o ministério.

Harper e seus assessores regressavam na quarta-feira da Indonésia para o Canadá e não puderam ser contatados. O ministro da Defesa, Rob Nicholson, que tem autoridade sobre a CSEC, disse que não poderia falar sobre questões de segurança nacional.

Há suspeitas de que o governo canadense poderia estar coletando informações no exterior para beneficiar suas empresas de mineração e energia. O governo conservador tem sido um forte defensor desses setores nacionais.

Citando documentos governamentais obtidos sob leis de acesso a informações, o jornal britânico Guardian disse na quarta-feira que a CSEC e outras autoridades canadenses de inteligência se reuniram duas vezes por ano desde 2005 com diversas empresas canadenses de energia.

O Ministério de Segurança Pública do Canadá confirmou que essas reuniões foram realizadas regularmente desde os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, mas se recusou a comentar sobre o que tinha sido discutido.

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