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Espaço aéreo terá mudanças com aumento de voos na Copa

Aeronáutica vai criar corredores exclusivos de aviões diante da expectativa de maior fluxo de voos na reta final da Copa do Mundo

Corredores exclusivos de aviões serão criados diante da expectativa de maior fluxo de voos na reta final da Copa (AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2014 às 17h52.

Rio de Janeiro - A Aeronáutica vai criar corredores exclusivos de aviões diante da expectativa de maior fluxo de voos na reta final da Copa do Mundo da Federação Internacional de Futebol ( Fifa ) no Brasil. O chefe do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), coronel Ary Rodrigues Bertolino, disse hoje (7) à Agência Brasil que a estratégia consta em mexer nos limites dos espaços aéreos, de modo a dividir mais as rotas existentes, diante do aumento previsto do fluxo de voos nos últimos jogos da Copa.

“Ou seja, aonde eu teria quatro controladores, terei seis. Com isso, aumento em 50% minha capacidade de gerenciamento do espaço aéreo”, explicou. Ele salientou que a medida servirá para otimizar o fluxo de aeronaves, preparando os aeroportos para maior capacidade. “É como se eu estivesse colocando uma faixa reversível para poder escoar mais carros”, comparou Bertolino.

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Para a grande final da Copa, no próximo domingo (13), o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão-Antonio Carlos Jobim, deverá ter 600 movimentos de pouso e decolagem. Em dias normais, a média na unidade aeroportuária são 420 movimentos por dia. “Nós estamos esperando 600. Ou seja, um aumento de 50% no movimento do aeroporto do Galeão”.

O chefe do CGNA acredita que a saída mais forte de aviões do aeroporto do Galeão será domingo e segunda-feira (14). “A gente calcula 600 movimentos no domingo e mais 600 ou 700 na segunda-feira, porque muitas pessoas vão pernoitar no Rio de Janeiro”. Com base no aprendizado das últimas copas do Mundo -África do Sul (2010) e Alemanha (2006) - há expectativa de aumento do fluxo no dia da final, mas que o maior movimento ocorre no dia seguinte ao encerramento do Mundial.

Bertolino esclareceu que a duplicação dos espaços das aerovias já foi aplicada nas as etapas anteriores, e vai vigorar também nas próximas. Havia um planejamento prévio, que está sendo aplicado à medida que os países vão deixando o Mundial, disse ele. O planejamento especial para o caso de o Brasil disputar a final também foi estudado e será aplicado: “Estamos lançando mão do planejamento a cada edição dos jogos”.

Equipes da Aeronáutica serão deslocadas para Belo Horizonte e São Paulo, onde ocorrerão as partidas das semifinais da Copa, amanhã (8) e quarta-feira (9), respectivamente, para reforçar o gerenciamento do tráfego aéreo. O esquema será repetido na final, quando se prevê um movimento intenso de aeronaves no Rio de Janeiro e no aeroporto de Guarulhos (SP).

Enquanto na primeira fase da Copa, as áreas de exclusão foram ativadas uma hora antes do jogo e desativadas três horas depois, e nas eliminatórias, uma hora antes e quatro horas depois, na final elas serão ativadas três horas antes e desativadas quatro horas depois do início da partida. “Isso foi mantido no planejamento inicial. Nada foi alterado”, salientou o chefe do CGNA.

Ary Bertolino deixou claro que todas as alterações já constavam do planejamento elaborado pela Aeronáutica para a Copa, há dois anos. O mesmo ocorre em relação a eventuais mudanças meteorológicas. “Nós estamos trabalhando com todas as hipóteses. Na realidade, a possibilidade de chuva não é motivo de impacto significativo”, disse ele.

Para reforçar a segurança interna e pessoal dos 15 a 20 chefes de Estado que virão assistir à partida final no Maracanã, os aviões serão recepcionados na Base Aérea do Galeão, informou Bertolino. “Nós vamos centralizar essa operação na base aérea, o que dá um fator a mais na preservação da segurança dos chefes de Estado”, acrescentou.

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